A jovem ativista Greta Thunberg, de 20 anos, terminou esta sexta-feira o ensino secundário. O fim de ciclo determina também o final da greve escolar que, nos últimos cinco anos, acontecia todas as sextas-feiras.
O anúncio feito através de uma publicação na sua conta oficial do Twitter indica que depois de 251 semanas a greve “Fridays for Future” (“Sextas-Feiras pelo Futuro”, em português), que levou milhares de jovens à rua pelo clima, chegou ao fim.
School strike week 251. Today, I graduate from school, which means I’ll no longer be able to school strike for the climate. This is then the last school strike for me, so I guess I have to write something on this day.
Thread???? pic.twitter.com/KX8hHFDyNG— Greta Thunberg (@GretaThunberg) June 9, 2023
“Hoje termino o secundário, o que significa que nunca mais vou poder fazer a greve escolar pelo clima. Esta é a minha última greve escolar”, escreveu a jovem sueca. No entanto, a ativista afirmou que vai continuar a protestar às sextas-feiras e a lutar por aquilo que acredita, mesmo que não seja através de uma greve escolar. “Simplesmente não temos outra opção senão fazer tudo o que estiver ao nosso alcance. A luta está apenas a começar“, acrescentou.
Greta Thunberg tinha apenas 15 anos quando, numa sexta-feira de agosto em 2018, se sentou sozinha em frente ao Parlamento sueco com o cartaz “Greve escolar pelo clima”. Na publicação, a ativista relembra como, no mesmo ano, faltou às aulas durante três semanas em protesto. “Éramos um grupo pequeno de pessoas e decidimos que íamos continuar a fazer greve todas as sextas-feiras”, contou.
Em pouco tempo, a “Fridays for Future” tornou-se num movimento global que, em 2019, levou milhares de jovens de mais de 180 países, incluindo Portugal, a faltar às aulas pelo clima. “Quando comecei a greve em 2018 nunca pensei que fosse levar a alguma coisa”, confessou.
Apesar de considerar que a sua luta já trouxe muitas mudanças, Greta afirma que ainda há um longo caminho pela frente. “Ainda estamos a caminhar na direção errada, onde aqueles que estão no poder sacrificam pessoas marginalizadas e o planeta em nome da ganância, dos lucros e do crescimento económico”, afirmou, concluindo: “Nós que temos voz temos a responsabilidade de falar.”