O PCP/Açores considerou esta quarta-feira que o acesso pela população da ilha do Pico aos cuidados de saúde “está cada vez mais difícil”, piorando “de mês para mês”, não se vislumbrando soluções.

De acordo com os comunistas, que visitaram os serviços de saúde da ilha do Pico, “as que eram apresentadas como situações pontuais ou provisórias tornam-se permanentes, e não se vislumbram soluções”. Exemplifica-se, em nota de imprensa, que “a urgência do Centro de Saúde das Lajes do Pico encerra ao fim de semana porque não tem médico”, tem de “se esperar muito tempo por uma consulta com o médico de família”, e ainda “mais para exames complementares de diagnóstico”.

Acresce que “o reembolso das ajudas de custo dos doentes e dos seus acompanhantes não é recebido a tempo e horas”. “Estas situações ‘pontuais’ ou ‘provisórias’ têm sido uma constante. Temos um centro de saúde sem dignidade para os profissionais exercerem o seu trabalho e atender aos utentes”, afirma o PCP/Açores.

O PCP/Açores refere que “a isto tudo, junta-se agora o encerramento das urgências ao fim de semana, com tudo o que isso pode implicar, tendo já acontecido que uma ambulância tenha tido de se deslocar do concelho da Madalena às Lajes do Pico para transportar um doente, pois a urgência do seu centro de saúde estava fechada”.

Os comunistas apontam, em relação às ajudas de custo, que “é caricata a resposta dada quando o utente se desloca para receber o seu reembolso: «Não há dinheiro, só vamos pagar quando houver dinheiro», com o transtorno que isso provoca na vida das pessoas”.

O partido avança que “uma grávida que leve um acompanhante, como é seu direito, e que tenha de estar de 15 dias a um mês deslocada, por exemplo, no Hospital da Horta, tem de arcar com enormes custos, tendo também em conta o aumento brutal do custo de vida”.

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