O ministro dos Negócios Estrangeiros da Arábia Saudita e o homólogo iraniano, Hossein Amir Abdolahian, concordaram em apoiar o “povo palestiniano oprimido”, no final de um encontro, em Teerão.

Esta é a primeira visita de um chefe da diplomacia saudita à capital iraniana, desde que os dois países cortaram relações diplomáticas há sete anos e estão agora em processo de normalização total.

Os dois países sublinharam a importância de formar “comités conjuntos políticos, fronteiriços e económicos”, lutar contra o tráfico de droga e cooperar em questões ambientais, de acordo com a agência de notícias iraniana IRNA.

“É importante que as relações entre as duas partes regressem a um estado de normalidade, uma vez que ambas são consideradas atores importantes na região”, tendo por base o “respeito mútuo e a não interferência”, disse Faisal bin Farhan al Saud.

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O diplomata saudita confirmou que a embaixada do país no Irão será reaberta “em breve”, o que contribuirá para produzir “efeitos positivos em toda a região e no mundo islâmico”.

O Irão reabriu as missões diplomáticas na Arábia Saudita no início de junho, na sequência de um acordo assinado em março, mediado pela China, para restabelecer as relações entre as duas nações, cortadas depois de um ataque à embaixada em Teerão e ao consulado em Mashhad, durante protestos contra a execução pelas autoridades sauditas do clérigo xiita Nimr al-Nimr.

A aproximação regional levou também à reintegração da Síria na Liga Árabe e ao avanço de um processo de paz entre as autoridades iemenitas reconhecidas internacionalmente e os rebeldes Huthi, no contexto da guerra de 2015 no Iémen, em que o Irão e a Arábia Saudita apoiaram lados opostos.

Em maio, O Presidente iraniano, Ebrahim Raisí, afirmou que os Estados Unidos e Israel são “os inimigos” do país.