895kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

Filho de Joe Biden chega a acordo e declara-se culpado de crimes fiscais e posse ilegal de arma

Este artigo tem mais de 1 ano

Acordo ainda tem de ser aprovado por um juiz mas, a confirmar-se, evita que Hunter Biden cumpra pena de prisão efetiva. É o resultado de uma investigação que durava há cinco anos.

World Food Program USA's Annual McGovern-Dole Leadership Award Ceremony
i

Expectativa é de que o empresário e advogado de 53 anos compareça presencialmente no tribunal para entregar a sua confissão

Teresa Kroeger

Expectativa é de que o empresário e advogado de 53 anos compareça presencialmente no tribunal para entregar a sua confissão

Teresa Kroeger

Hunter Biden, filho do Presidente dos EUA, deverá declarar-se culpado de crimes fiscais e de posse ilegal de arma, como parte de um acordo entre as equipas de defesa e acusação. É o resultado de uma investigação federal que durava há cinco anos e que, a confirmar-se, deve evitar que o segundo filho de Joe Biden cumpra pena de prisão efetiva.

A existência do acordo foi conhecida esta terça-feira, depois de o Procurador federal do estado do Delaware ter dado entrada com documentos legais, indicando que um entendimento fora alcançado. Os termos exatos não são conhecidos mas, segundo o New York Times, parte do acordo estipula que Hunter Biden, que, alegadamente, estaria sob o efeito de drogas à data dos factos, terá de se submeter a tratamento durante um período de 24 meses, concordando ainda em nunca mais ter em sua posse uma arma de fogo, legal ou ilegal.

O acordo terá ainda de ser aprovado por um juiz federal. A expectativa é de que o empresário e advogado de 53 anos compareça presencialmente no tribunal para entregar a confissão.

As reações à notícia não tardaram a surgir. Através de um porta-voz, a Casa Branca disse num curto comunicado que “o Presidente e a primeira-dama amam o seu filho e apoiam-no à medida que ele continua a reconstruir a vida”, recusando fazer mais comentários.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Horas mais tarde, foi o próprio Joe Biden quem se pronunciou, ainda que de forma breve. Em São Francisco a propósito de um evento sobre legislação na área da inteligência artificial, Biden foi bombardear com perguntas sobre o processo do filho. Depois de, a princípio, não responder, limitou-se a dizer: “Estou muito orgulhoso do meu filho”.

Visão diferente teve a oposição norte-americana, com o congressista republicano James Comer a descrever as acusações como uma mera “reprimenda”. Em comunicado, o líder do Comité de Conduta da Câmara dos Representantes — que está a conduzir uma investigação paralela aos factos, focada nomeadamente em eventuais irregularidades cometidas por Joe Biden — prometeu que a decisão da justiça não terá impacto no trabalho do comité. “Não descansaremos até que toda a extensão do envolvimento do Presidente Biden nos esquemas da família seja conhecido”, frisou.

O acordo, que surge poucos dias depois de o Departamento de Justiça (DOJ, na sigla inglesa) ter avançado com dezenas de acusações contra Donald Trump por posse indevida de documentos confidenciais, já está a motivar críticas por parte daqueles que entendem que a decisão reflete dois pesos e duas medidas na justiça norte-americana. É o caso do próprio ex-Presidente, que veio protestar contra a decisão, classificando-a como um “embuste”:

“O DOJ corrupto de Biden acabou de ilibar centenas de anos de responsabilidade criminal ao dar a Hunter Biden uma mera ‘multa de trânsito’. O nosso sistema não funciona!”, declarou o atual candidato eleitoral e favorito à nomeação do Partido Republicano na sua rede social, a Truth Social.

Os crimes e a pena que Hunter Biden evita

Tudo somado, os crimes pelos quais o filho de Joe Biden estava indiciado tinham uma moldura penal máxima de 12 anos — 12 meses por cada uma das acusações de fraude fiscal e 10 anos pelo de posse ilegal de arma.

Os crimes financeiros remontam a 2017 e 2018, e são referentes ao não-pagamento de impostos por parte do empresário. Ao todo, Hunter Biden terá defraudado o fisco em mais de 100 mil dólares (cerca de 91 mil euros), que devia ter pago em cada ano.

A acusação mais grave, no entanto, dizia respeito à posse ilegal de arma de fogo. Tratava-se da única que ascendia ao nível de acusação criminal (as outras duas estavam não iam além de contraordenações), e a que motivou o acordo pré-julgamento.

Em causa estava um incidente ocorrido em 2018, quando uma arma propriedade de Hunter Biden foi recuperada perto de sua casa em Wilmington, na Carolina do Norte, depois de a sua namorada à época a ter atirado da janela.

Um acidente trágico, a morte dos filhos e o pesadelo das drogas. Os dramas familiares de Joe Biden

Anos depois, em 2021, o filho do Presidente admitiu publicamente que lutou durante vários anos contra o vício das drogas — uma confissão que levantou problemas legais, dando azo à suspeita de que estaria sob influência de substâncias ilícitas quando adquiriu a arma (o que seria um crime federal). Os procuradores federais acusaram ainda Hunter Biden de ter mentido quando preencheu um formulário federal (referente ao incidente com a arma), no qual negava estar sob efeito de narcóticos.

O gabinete do procurador federal indicou que a investigação ainda decorre apesar do acordo, mas a expectativa é a de que o processo chegue mesmo ao fim. “Sei que o Hunter acredita que é importante assumir a responsabilidade pelos erros que cometeu durante um período de turbulência e adição na sua vida”, afirmou o advogado do arguido, Chris Clark, acrescentando que o seu cliente esperava agora poder “seguir em frente”.

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça até artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.