O militante número 1 do PSD, Francisco Pinto Balsemão, deixou um aviso ao líder social-democrata, Luís Montenegro, sobre uma possível aliança com o Chega. “Não se pode encostar à extrema-direita”, afirmou. No seu entender, o PS também não se deve “encostar à extrema-esquerda”. “É pelo centro que as coisas funcionam”, defendeu.

Em declarações ao programa Bloco Central transmitido na TSF, Francisco Pinto Balsemão, que foi mandatário da campanha do adversário de Luís Montenegro — Jorge Moreira da Silva — à liderança do partido, disse apoiar o atual líder desde que este “ganhou no Congresso em condições completamente legítimas”. Ainda assim, destacou que nem tudo o que presidente social-democrata faz “está certo”.

Sobre o trabalho de Luís Montenegro, o fundador do PSD faz uma avaliação positiva. “Está a cumprir a sua missão”, assinalou, ainda que recuse fazer “futurologias” no que diz respeito às possíveis listas concorrentes no Congresso. “Será apreciada a sua atuação na sede própria. Pode haver listas concorrentes contra o líder atual, pode haver listas a favor do líder atual. Isso é democracia e é assim que deve funcionar e é assim que, nesse aspeto, sempre funcionou no PSD, com muita intriga de bastidor.”

Além disso, no entender do militante número 1 do PSD, na cena política portuguesa, “há lugar para dois grandes partidos”. “É bom que os eleitores tenham opções de escolha distintas e que, para isso, haja propostas também distintas”. Neste sentido, Francisco Pinto Balsemão considera que o país não deve perder tempo com “casos e casinhos”, devendo discutir “propostas distintas”, como o poder judicial, a lei eleitoral e o regionalismo.

Sobre o PSD, Francisco Pinto Balsemão descreveu-o com um partido de “centro-esquerda”. “Eu vejo como tal e há muita gente no partido que vê como tal”, sustentou.

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