O Governo e a Mutares assinaram esta sexta-feira o acordo para a aquisição da Efacec por aquele fundo de origem alemã. Em comunicado enviado pela Mutares, o fundo revela que a conclusão da transação está prevista para o terceiro trimestre de 2023.

A escolha do fundo Mutares para a reprivatização da Efacec foi anunciada pelo Governo no passado dia 7 de junho. O fundo vai ficar com os 71,73% do Estado na Efacec, mas a perspetiva é que fique com a totalidade. Na nota que confirma o negócio não são, no entanto, referidos os pormenores financeiros do acordo.

Na nota enviada à imprensa, o fundo refere apenas que “a Efacec é uma excelente opção para o portefólio da Mutares”. “Estamos muito felizes em anunciar nossa segunda aquisição em 2023. Estou convencido de que, com a nossa experiência operacional e as tendências em curso no sector da energia, podemos continuar a desenvolver o potencial da empresa e colocá-la de novo no caminho do crescimento sustentável, refere na mesma nota o CIO da Mutares, Johannes Laumann.

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Quando foi conhecida a opção do Governo pela Mutares, o ministro da Economia, António Costa Silva, admitiu que não está garantido que o Estado venha a recuperar todo o dinheiro que colocou na Efacec. Até ao final de maio, o Estado tinha uma exposição total de 217 milhões de euros à empresa, sendo 132 milhões em suprimentos acionistas e 85 milhões de euros em garantias.

A escolha pelo fundo alemão prendeu-se, segundo o ministro, com três fatores: “assegura manutenção da Efacec como grande projeto tecnológico e industrial, preserva a força de trabalho, com a aposta qualificações, e reforça a capacidades de engenharia da empresa, minimizando encargos para Estado”.

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