A rebelião anunciada por Yevgeny Prigozhin e levada a cabo durante 24 horas, com a tomada de várias cidades e com uma coluna de combatentes do grupo Wagner a caminho de Moscovo, terminou com o recuo do líder do exército privado e com a retirada dos paramilitares da cidade que o grupo Wagner tomou na madrugada deste sábado, Rostov-on-Don.

Nas redes sociais circulam vários vídeos onde é possível ver os cidadãos a aplaudirem os membros do Wagner no momento em que abandonam a cidade de Rostov, local onde parte do grupo estava desde o início da rebelião. Nas imagens das ruas de Rostov que foram partilhadas nas redes sociais veem-se militares e populares a cumprimentarem-se e despedirem-se dos mercenários, entre gritos de apoio e palmas.

Prigozhin, o líder do grupo Wagner, também estava no local e foi filmado dentro de um carro. Perante as palavras de apoio, acaba mesmo por baixar o vidro do carro para cumprimentar alguns cidadãos.

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O governador da cidade russa, Vasily Golubev, confirmou no Telegram que o grupo Wagner deixou o local e que se deslocou para os acampamentos onde se encontrava antes do início da rebelião — sendo que a justificação para a revolta foi exatamente um alegado ataque a um destes locais e a acusação de que teria sido o Ministério da Defesa a dar a ordem.

“Estou grato a todos aqueles que, nessas condições extraordinárias, garantiram o bom funcionamento dos sistemas de suporte de vida em toda a região de Rostov”, escreveu.

Por outro lado, há também imagens em que é possível ver carros das autoridades a regressarem às ruas que estavam tomadas pelos Wagner e cidadãos não só a bloquearem os carros como a apuparem os polícias.

Esta foi a cidade tomada pelo grupo Wagner no início da rebelião e o local onde se mantiveram vários mercenários durante as horas da rebelião. Na cidade russa que fica a mais de 500 quilómetros de Moscovo, centenas de pessoas tentaram fugir do local através da estação ferroviária, na mesma altura em que os soldados chechenos se dirigiram à cidade para enfrentar os mercenários do grupo Wagner, segundo divulgou na altura a agência bielorrussa NEXTA.