E esteve a segundos de ser melhor. A instantes do final da Q3, Lando Noris segurava a pole position, mas apareceu Max Verstappen que se superiorizou 0.241 milésimos de segundo e ficou com a melhor posição para a corrida deste domingo no GP da Grã-Bretanha. No entanto, já nada podia impedir que a McLaren conseguisse um resultado que, no início da época, parecia impossível.

Dizer que a McLaren é a maior ameaça à Red Bull em corrida, é arriscado. Dizer que são a equipa que mais evoluiu desde o início do campeonato, não está longe da verdade. Em Silverstone, o público estava ansioso por ver Lewis Hamilton a brilhar, mas foi Lando Norris que os levou ao delírio. Talvez isso seja sintomático do que tem sido a temporada: a Mercedes a prometer melhorias e a McLaren a dar verdadeiros sinais de crescimento.

As papaias trouxeram novidades para Silverstone e não foi só a cor do carro, que foi pintado com apontamentos de cinzento. A asa dianteira, que também a Alpine e a Mercedes alteraram para este Grande Prémio, trouxe benefícios no desempenho do carro.

Antes da qualificação começar, a pergunta que pairava no ar era o que podia impedir Alex Albon de, pela primeira vez na temporada, garantir um lugar nos oito primeiros da grelha de partida, superando o melhor registo que conseguiu esta temporada na Austrália. A resposta talvez estivesse a cair do céu. Antes da terceira sessão de treinos livres ser condicionada pela chuva, o tailandês da Williams tinha o segundo melhor registo (1:27.592) com Charles Leclerc a liderar (1:27.419). O próprio Logan Sargeant, o outro piloto da Williams, estava em sétimo seguido de… Max Verstappen, em oitavo.

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A qualificação, sempre dependente das condições atmosféricas, era então uma caixa de surpresas , pois os pilotos não tiveram oportunidade de realizar um verdadeiro último teste em Silverstone. Apesar das dúvidas que permaneceram até à última da hora, a generalidade das equipas deixou guardados os pneus intermédios, lançando os pilotos com macios.

A evolução da pista era também uma incógnita. O piso foi ficando com as condições ideais com o avançar da Q1. O início da qualificação foi um desastre. Lewis Hamilton que foi ter à gravilha e em pior estado ficou ainda Kevin Magnussen, parado no meio da pista devido a uma avaria. A 3:11 do fim, a Q1 ficou suspensa devido a uma bandeira vermelha. Removido o Haas, Max Verstappen foi contra o muro do pit lane, atrasando o seu regresso.

Fernando Alonso terminou com o 15.º melhor tempo da Q1 que foi liderada por Lando Norris. O sucesso da McLaren e a estabilidade de Max Verstappen em pista, quase fizeram esquecer que Sergio Pérez voltou a cair na Q1. Acompanharam-no Tsunoda, Zhou, De Vries e Magnussen.

A presença dos Williams na Q2 mostrava que o desempenho nos treinos não foi um acaso. Alex Albon fez o quarto melhor tempo. Em simultâneo, Logan Sargeant acabou por não conseguir seguir em frente. Oscar Piastri e Lando Norris continuavam a mostrar que tinham vindo para ficar. Foram também eliminados na Q2 Hulkenberg, Stroll, Ocon e Bottas.

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Excluindo Pérez, apesar de tudo, a Q3 era composta pela maioria dos pilotos que tinham obrigação de lá estar. Albon ocupou o lugar de outsider que tantas vezes tem sido de Hulkenberg. Os dois Ferraris vão partir para a corrida em lugares consecutivos, tal como os dois Mercedes que vão ter que perseguir a scuderia. Na lógica das equipas colocarem os dois carros em lugares consecutivos, Piastri e Norris vão ver de perto Max Verstappen a arrancar da pole. Lewis Hamilton não foi além do sétimo posto.