O reitor do Santuário de Fátima, padre Carlos Cabecinhas, classifica a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), a realizar em Portugal de 1 a 6 de agosto, como “uma afirmação da catolicidade e da Igreja, da sua universalidade”.

“A JMJ oferece (…) uma oportunidade única de evangelização dos jovens, mas também de nova evangelização em Portugal, através do testemunho de vivência da fé dos jovens que se congregam em Portugal”, escreve Carlos Cabecinhas no editorial da edição de junho do jornal Voz da Fátima, órgão oficial do santuário, esta quarta-feira distribuído.

O sacerdote considera que a JMJ, que contará com a presença do Papa Francisco, “é, por excelência, a festa da juventude católica”, sendo um acontecimento “enriquecedor quer para quem colhe, quer para quem é acolhido”.

No âmbito da sua deslocação a Portugal para a JMJ, o Papa Francisco vai estar em Fátima no dia 5 de agosto, sábado, onde vai ter jovens doentes e reclusos a rezarem com ele na Capelinha das Aparições.

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Segundo o programa previsto, o Papa Francisco chegará ao Santuário de Fátima às 9h00 e rezará na Capelinha das Aparições.

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“O Sumo Pontífice atravessará o Recinto de Oração no papamóvel e dirigir-se-á para a Capelinha das Aparições, onde o esperarão jovens doentes, que não poderão participar na JMJ em Lisboa e alguns jovens reclusos. Depois da oração do Terço, o Papa dirigirá uma palavra aos peregrinos presentes e seguirá para Lisboa”, informou o santuário, acrescentando que, “embora curto, o programa será intenso e cheio de significado dado que Francisco virá à Cova da Iria por vontade expressa desde que se soube da realização da JMJ em Lisboa”.

O Santuário revelou, também, que para acolher o Papa e todos os jovens que se deslocarão a Lisboa, mas que passarão por Fátima, seja no período que antecede a JMJ seja nos dias seguintes à Jornada, “está a organizar um conjunto de iniciativas de forma a proporcionar aos mais jovens a experiência deste lugar e do acontecimento que lhe deu projeção”.

O destaque vai para a “Aldeia Jovem”, onde serão acolhidos os jovens, possibilitando-lhes facilidades de pernoita (em regime de acantonamento e acampamento) e alimentação, a par de um conjunto de seis caminhos para chegar a Fátima a pé, “com base nos percursos de peregrinação já consagrados e devidamente sinalizados”.

“Cada percurso tem associado um tema ligado à mensagem de Fátima e tem como ponto de partida uma igreja”, acrescenta o santuário, que promoverá, ainda, workshops temáticos “em torno de temas da fé cristã fundamentais na mensagem de Fátima: Adoração, Imaculado Coração, Rosário e Sacrifício”.

Lisboa foi a cidade escolhida pelo Papa Francisco para a próxima edição da Jornada Mundial da Juventude, que vai decorrer entre os dias 1 e 6 de agosto deste ano, com as principais cerimónias a terem lugar no Parque Eduardo VII e no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures.

As JMJ nasceram por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.

O primeiro encontro aconteceu em 1986, em Roma, tendo já passado, nos moldes atuais, por Buenos Aires (1987), Santiago de Compostela (1989), Czestochowa (1991), Denver (1993), Manila (1995), Paris (1997), Roma (2000), Toronto (2002), Colónia (2005), Sidney (2008), Madrid (2011), Rio de Janeiro (2013), Cracóvia (2016) e Panamá (2019).

A edição deste ano, que será encerrada pelo Papa, esteve inicialmente prevista para 2022, mas foi adiada devido à pandemia de Covid-19.

O Papa Francisco foi a primeira pessoa a inscrever-se na JMJ Lisboa 2023, no dia 23 de outubro de 2022, no Vaticano, após a celebração do Angelus.