A empresa Tejo Ambiente, responsável pelo saneamento em baixa e recolha do lixo em Fátima, tem um plano de emergência que começa na segunda-feira e que termina em 15 de agosto, no âmbito da Jornada Mundial da Juventude (JMJ).

Naturalmente que, e face às estatísticas que já temos da operação destes dois serviços, mas num período relativamente curto (um a dois dias), aquando das grandes peregrinações que se estendem desde 13 de maio a 13 de outubro de cada ano, as atenções da Tejo Ambiente centram-se na forte probabilidade destes números se verificarem diariamente e durante 23 dias”, disse à agência Lusa o diretor-geral da empresa, José Santos.

A JMJ realiza-se de 1 a 6 de agosto, em Lisboa, presidida pelo Papa Francisco, que se desloca ao Santuário de Fátima no dia 5. Já nos dias 12 e 13 de agosto, decorre a peregrinação do migrante e refugiado a este santuário.

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Segundo José Santos, no que se refere aos resíduos urbanos indiferenciados, vão ser instalados mais 70 contentores, “além dos 55 já existentes na Cova de Iria”.

“Desta forma, mais do que duplicamos a capacidade de retenção e armazenamento de resíduos”, declarou, explicando que esta decisão, com a anuência do Município de Ourém, “é suportada no facto de se ter vindo a registar um aumento progressivo na produção de resíduos urbanos, desde 2020”, naquelas peregrinações.

Exemplificando que “a produção média diária de resíduos urbanos indiferenciados, na semana do 13 de maio, aumentou 17% relativamente à produção média diária de resíduos urbanos indiferenciados registadas desde janeiro de 2023”, o diretor-geral adiantou que “a vigilância da taxa de enchimento desta contentorização será feita diariamente” pelo piquete e as recolhas podem vir a ser feitas duas vezes por dia.

A Tejo Ambiente pode ainda reforçar o número de camiões necessários para acorrer a alguma necessidade extrema ou pico de produção, sendo que o espaço exterior das ilhas vai ser lavado diariamente.

Quanto ao serviço de saneamento de águas residuais urbanas, “as ações desenvolvidas foram focadas na manutenção preventiva”. com recursos próprios e subcontratados.

Neste âmbito, está “assegurado o fornecimento de grupos eletrobomba suplentes”, mesmo depois de já terem sido equipadas “todas as estações elevatórias do sistema em baixa, com grupos eletrobomba novos, quadros elétricos novos e monitorizados por telegestão, e também um piquete de assistência eletromecânica desenhado para este período”, adiantou José Santos.

Ainda segundo o diretor-geral, “algumas fossas de pavilhões que irão receber os jovens participantes nesta Jornada irão estar também monitorizadas por telegestão e enquanto durar o evento”.

Já quanto a camiões limpa fossas e desobstrutores, a Tejo Ambiente tem alocadas “duas viaturas próprias e mais outras duas viaturas subcontratadas”, sendo que também vai estar “disponível uma viatura 4×4”, para fazer face a pequenas obstruções de ramais ou redes prediais privadas de hotéis de Fátima.

O tratamento da água residual urbana recolhida na rede em baixa e a que for produzida nas casas de banho contentorizadas (portáteis e transitórias) é assegurada pela estação de tratamento de águas residuais de Vale de Cavalos, na freguesia de Fátima, disse José Santos.

Para o diretor-geral, entre os desafios que “se colocam nesta altura, quer à população, quer aos gestores dos vários serviços públicos essenciais, mas também aos participantes”, está a redução da produção de resíduos urbanos indiferenciados ou a sua retenção na origem, “o maior número de dias possível”, além de se limitar ao máximo razoável a produção de água residual urbana a tratar”.

A Tejo Ambiente explora e gere o Sistema Intermunicipal de Ambiente do Médio Tejo, que agrega os concelhos Ferreira do Zêzere, Mação, Sardoal, Tomar, Ourém e Vila Nova da Barquinha.