Joe Biden, quando ainda era vice-Presidente dos Estados Unidos, e o filho Hunter terão “coagido” o CEO da empresa de gás da Ucrânia Burisma a pagar-lhes milhões de dólares em troca de ajuda para fazer com que um procurador ucraniano que investigava a firma fosse demitido.

As alegações estão presentes num documento do FBI que foi esta quinta-feira divulgado pelo senador Chuck Grassley e que descreve, com recurso a uma entrevista das autoridades com uma fonte confidencial “altamente credível”, um suposto esquema de suborno que envolve o atual Presidente norte-americano.

Em 2016, durante uma reunião em Viena, Áustria, indica o New York Post, Mykola Zlochevsky, o CEO da empresa de gás, revelou ao informante do FBI que “custou cinco milhões pagar a um Biden e cinco milhões pagar a outro” supostamente em troca de ajuda para demitir o procurador Viktor Shokin.

A fonte confidencial, que detalhou várias reuniões e conversas que teve com o CEO a partir de 2015 e ao longo de vários anos, alegou que Zlochevsky lhe disse que tem “várias mensagens de texto e gravações” que acredita que mostram que foi “coagido a fazer tais pagamentos”. E que tinha um total de 17 gravações a envolver os Biden, duas que incluiam Joe Biden e as restantes 15 o filho.

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No documento, que data de 30 de junho de 2020, lê-se que o CEO da empresa da Ucrânia disse que ninguém “descobriria sobre as suas transações financeiras com os Biden”. À época das conversas entre a fonte e Zlochevsky, Hunter Biden estava no conselho de administração da Burisma e, alegadamente, receberia milhares de dólares por mês.

De acordo com a Fox News, Viktor Shokin era o procurador ucraniano que investigava a Burisma. Joe Biden ameaçou reter mil milhões de dólares de ajuda norte-americana caso o procurador ucraniano não fosse demitido.

O CEO da Burisma disse à fonte que falou com o FBI que tinha “dois documentos que evidenciam que algum pagamento aos Biden foi feito, presumivelmente em troca da demissão de Shokin”.