O Presidente israelita, Isaac Herzog, apresentou este domingo uma nova proposta para tentar chegar a um acordo sobre a reforma judicial, que prevê um adiamento de 15 meses, uma iniciativa à qual aderiu o líder da oposição, Yair Lapid.

A proposta de Herzog propõe a paralisação do processo de aprovação da reforma judicial durante um período de 15 meses, segundo explicou Lapid e noticiou o The Jerusalem Post.

Herzog tem previsto reunir-se com outro líder da oposição, Benny Gantz, do Partido Unidade Nacional, embora o principal obstáculo seja a negociação com a coligação, liderada pelo Likud do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, que rejeita qualquer acordo que inclua mais de três meses de adiamento.

“Esta tarde reuni-me com o Presidente Herzog após o seu regresso a Israel. Partilhamos uma profunda preocupação pela situação do país e concordamos que o nosso dever é realizar todos os esforços para chegar a um acordo, pelo povo de Israel”, argumentou Lapid.

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O Knesset ou parlamento israelita está a debater a terceira leitura do projeto de lei do Governo para anular a chamada cláusula de razoabilidade que permite aos tribunais anular uma decisão do executivo se considerarem que ela vai contra o sistema democrático.

A oposição considera que esta lei coloca em causa a divisão de poderes.

A tentativa de mediação por parte do Presidente acontece após vários falhanços nos últimos meses, que levou a cabo largas negociações com as partes antes destas colapsarem em junho.

Os protestos deste domingo seguem mais um dia histórico de mobilização, em que mais de 550.000 israelitas saíram às ruas de todo o país para expressar a sua rejeição à reforma.

No entanto, em Telavive, vários milhares concentraram-se este domingo para expressar o seu apoio à reforma, com mensagens de apoio a Netanyahu e aos seus parceiros de ultra direita da coligação.