A etapa britânica do Campeonato do Mundo de Rallycross (WRX) acabou por realizar uma má operação de publicidade aos veículos eléctricos a bateria, tecnologia que este campeonato da Federação Internacional do Automóvel (FIA) abraçou em 2022 na categoria que agrupa os modelos mais potentes e rápidos, os RX 1e. O piloto mais emblemático que disputa o campeonato, Sebastien Loeb, viu o seu carro arder por completo numa questão de segundos, sem que fosse possível controlar as labaredas.

Mas as más notícias para a equipa Special One Racing, que faz correr Loeb, não ficaram por aqui. Juntamente com o Lancia Delta Evo-e RX do piloto francês, foi igualmente consumido pelas chamas o modelo idêntico do seu colega de equipa Guerlain Chicherit e o restante equipamento que estava nas boxes improvisadas no circuito, a começar pelos camiões-oficina e de transporte.

A FIA determinou que o incêndio deflagrou no Delta eléctrico, na zona do pack de baterias, reacendendo a polémica em torno da alegada insegurança dos veículos eléctricos e da possibilidade de as baterias começarem a arder sem motivo aparente. Estes incêndios são maioritariamente motivados por deficiência na montagem ou na produção das células, podendo ainda ser consequência de impactos com alguma violência, que levam à fractura de uma ou mais células e à fuga de electrólito.

Os carros de WRX têm como base os antigos carros de RX1 a gasolina, que extraíam entre 640 e 680 cv do motor 2.0 turbo, com uma pressão de 3,4 bar, cuja mecânica a combustão foi retirada e substituída por um kit desenvolvido pelos austríacos da Kreisel Electric, que tem um custo de 300.000€, a que é forçoso juntar 100.000€ para apoio tecnológico durante quatro anos. Os RX1-e eléctricos montam um motor por eixo, com 340 cv cada, assegurando um total de 680 cv, sendo alimentados por um pack de baterias com 53 kWh de capacidade.

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