O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) considerou nesta quarta-feira que os números da greve na EasyJet foram “avassaladores”, com 367 voos cancelados, e reiterou estar pronto para negociar, mas pode voltar à luta.
“Os números da greve são avassaladores: apesar dos outros que decidiram mercantilizar a sua posição, foram cancelados 367 dos 412 voos programados, ou seja, 89%”, lê-se numa nota enviada aos associados do SNPVAC, a que a Lusa teve acesso.
Os tripulantes de cabine da EasyJet terminaram, esta terça-feira, o terceiro período de greve em quatro meses. Segundo os números do sindicato, ao longo dos três períodos de greve foram cancelados 744 dos 791 voos programados, 94% do total. “Muitos milhões a voar (ou melhor, em terra) que teriam servido para chegarmos a acordo”, sublinhou, reiterando estar pronto para negociar.
O sindicato disse que a empresa informou nesta quarta-feira os trabalhadores de que se sentará à mesa “quando considerar que tenha o clima social propício para tal”. Contudo, o SNPVAC lembrou que o “tempo dos associados pode ser diferente” e que não vai deixar o processo arrastar-se.
“A nossa luta é mais do que justa e não abrandaremos nas nossas reivindicações. Ou a empresa percebe isto, ou seremos todos chamados novamente à luta porque ‘quem não luta pelo futuro que quer, aceita o futuro que vier'”, concluiu.
Os tripulantes de cabine da EasyJet reivindicam condições semelhantes às das bases da transportadora noutros países.
No dia 6 de julho, a proposta da EasyJet foi “chumbada” por 90% dos tripulantes de cabine do SNPVAC, que marcou a greve.