Ao artista plástico Bordalo II estendeu uma “passadeira da vergonha”, composta por notas de 500 euros, em frente ao altar principal da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), no Parque Tejo, em Lisboa.

No Instagram, onde partilhou fotografias e vídeos da montagem da peça, Bordalo II explicou que o seu objetivo era criticar os gastos feitos com a JMJ, que arranca oficialmente a 1 de agosto, próxima terça-feira.

“Num estado laico, num momento em que muitas pessoas lutam para manter as suas casas, o seu trabalho e a sua dignidade, decide investir-se milhões do dinheiro público para patrocinar a tour da multinacional italiana”, escreveu o artista. “Habemus Pasta.”

A realização da JMJ em Lisboa terá um custo de 160 milhões de euros, segundo as estimativas divulgadas. Destes, 30 milhões de euros foram investidos pelo Estado português.

Considerado o maior acontecimento da Igreja Católica, a JMJ nasceu por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso de um encontro com jovens em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.

Mais de um milhão de pessoas são esperadas em Lisboa para o evento, que contará com a presença do Papa. O Pontífice, o primeiro a inscrever-se na JMJ, vai chegar à capital portuguesa a 2 de agosto, estando prevista uma visita de duas horas ao Santuário de Fátima a 5 de agosto para rezar pela paz e pelo fim da guerra na Ucrânia.

As principais cerimónias da jornada decorrem no Parque Tejo, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures, e no Parque Eduardo VII, no centro de Lisboa.

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