Siga aqui o liveblog da Jornada Mundial da Juventude.

O porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni, desvalorizou hoje os muitos improvisos do Papa Francisco nos discursos que tem proferido em Portugal, sublinhando que se trata de uma “escolha de pastor, perante o povo que tem diante de si”.

“O Papa pode mudar o seu discurso consoante os fiéis que tem à frente”, disse, lembrando que isso acontece com frequência em viagens internacionais.

Questionado pelos jornalistas sobre os motivos pelos quais Francisco tem sistematicamente abandonado as folhas que traz com os discursos escritos, Matteo Bruni disse que isso tem acontecido por decisão do Papa — e não por qualquer problema de saúde de Francisco que o impeça de ler.

Leia na íntegra o discurso do Papa Francisco em Fátima sobre “Nossa Senhora Apressada”

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

A única situação em que o Papa não conseguiu efetivamente ler o discurso ocorreu na sexta-feira no Centro Paroquial da Serafina — e tal deveu-se a “um problema de iluminação que lhe fazia reflexo nos óculos”.

De resto, os improvisos de Francisco têm estado sempre relacionados com a avaliação que o Papa faz das pessoas que tem à sua frente — e do modo como considera que é mais eficaz passar a sua mensagem.

Sobre a curta passagem de Francisco por Fátima, onde a intervenção do Papa foi bastante encurtada (inclusivamente, uma oração que estava prevista no missal, e na qual se esperava um apelo à paz no mundo, não foi proferida), Matteo Bruni garantiu que o Papa “rezou, em silêncio, com dor, pela paz” em todo o mundo.