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Pelo menos uma pessoa morreu e mais de 50 ficaram feridas na sequência de uma explosão de grandes dimensões numa fábrica em Sergiev Posad, a cerca de 50 quilómetros da capital russa, Moscovo. O incidente aconteceu esta quarta-feira de manhã e deixou um rasto de destruição na fábrica de ótica e mecânica.

De acordo com as autoridades russas, o acidente terá ocorrido devido a uma “falha dos procedimentos técnicos” que resultou numa explosão num armazém que guardava engenhos pirotécnicos. De acordo com a administração local da cidade, o espaço teria sido “alugado por uma conhecida firma da cidade”.

“Cinquenta e duas pessoas receberam assistência médica”, confirmou o governador da região de Moscovo, Andrei Vorobiov, à televisão pública russa. Várias dezenas de pessoas tiveram de receber tratamento hospitalar. Seis dos feridos estão em estado grave e tiveram de ser internados nos cuidados intensivos, referiu Vorobiov, acrescentando que a maioria das vítimas apresenta lesões provocadas por estilhaços ou cortes de origem diversa.

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A área afetada pela explosão, inicialmente estimada em 100 metros quadrados, foi de 400 metros quadrados e ficou totalmente destruída. Imagens divulgadas nas redes sociais e por meios de comunicação como o ucraniano Kyiv Post permitem compreender a extensão dos danos causados:

O acidente pirotécnico oferecido como explicação pelas autoridades russas não convenceu toda a gente. Um dos céticos foi o principal conselheiro da Administração Interna ucraniana, que veio pôr em causa a explicação de Moscovo para o que aconteceu.

No X (anterior Twitter), Anton Geraschenko alegou que a fábrica de ótica e mecânica onde o incidente teve lugar é usada para produzir equipamento militar para a guerra, e acusou os responsáveis russos de estarem a mentir sobre a origem da explosão.

De acordo com a Reuters, a fábrica de ótica produz, entre outras coisas, equipamento militar como sensores termais, equipamento de visão noturna e miras para armas. Vários clientes recebem produtos da fábrica — sendo um deles as forças de segurança russas.

“Os media russos vieram apressadamente dizer que foi material pirotécnico que explodiu. Mas, se olharmos para vídeos de pirotecnia a explodir, percebemos que a explosão não se assemelha a pirotecnia”, argumentou Gerashchenko. “O que realmente explodiu ali, os media não dizem, mas não foi fogo de artifício”.

Argumentando que uma explosão como aquela que a Rússia avançou não resultaria “numa só nuvem-cogumelo”, o conselheiro ucraniano alegou que, nos últimos dias, notícias vieram a público dando conta de que a Rússia se começava a preparar para produzir tanques T-80 e T-90 na fábrica onde o incidente ocorreu.

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