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O ministro da Defesa russo, Serguei Shoigu, acusou esta quarta-feira a Polónia de estar a planear a ocupação da parte ocidental da Ucrânia. De acordo com o responsável do Kremlin, o plano de Varsóvia passa por criar uma “aliança polaco-ucraniana” sob o pretexto de garantir a segurança interna dos dois países, com vista a uma eventual ocupação.

Segundo Shoigu, a prova está no recente esforço de militarização da Polónia que, de acordo com o governo polaco, está relacionada com as atividades militares recentes do exército bielorrusso e do grupo Wagner na fronteira entre os dois países.

Há planos para criar numa base regular a chamada aliança polaco-ucraniana, supostamente para garantir a segurança da Ucrânia ocidental — mas, na realidade, para facilitar a subsequente ocupação deste território”, disse o ministro, citado pela agência estatal Tass.

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Na mesma linha, Shoigu acusou os EUA de transformarem a Polónia no maior “instrumento” de propaganda anti-russa de Washington.

As declarações de Shoigu surgem num dia em que a Polónia revelou que vai duplicar o contingente de militares que serão enviados para a fronteira com a Bielorrússia para assistir os guardas fronteiriços a lidar com potenciais ameaças de segurança. Em vez dos mil anteriormente anunciados, serão enviados dois mil, segundo confirmou à Reuters o ministro do Interior polaco, Maciej Wasik.

A preocupação de Varsóvia com a proteção das suas fronteiras aumentou desde que os mercenários do grupo Wagner, liderado pelo empresário russo Yevgeny Prigozhin, chegaram à Bielorrússia, a convite do Presidente Alexander Lukashenko. Estes combatentes iniciaram manobras juntamente com o exército bielorrusso, movendo-se para perto da fronteira com a Polónia.

Mercenários do Grupo Wagner realizam manobras com exército da Bielorrússia

Em resposta ao anúncio, a Rússia também indicou que vai reforçar as tropas nas fronteiras ocidentais. A decisão foi divulgado por Sergei Shoigu depois de uma reunião do departamento militar que decorreu esta quarta-feira. “Consideramos assuntos ligados à criação dos distritos militares de Leninegrado e de Moscovo e, simultaneamente, o fortalecimento dos grupos de tropas nas fronteiras ocidentais”, afirmou, citado pela agência russa TASS.