“Rabiye Kumaz Vs. George W. Bush”
Este filme do alemão Andreas Dresen conta a história real de Rabiye Kumaz, uma dona de casa turca-alemã, cujo filho mais velho foi preso logo após o 11 de Setembro e encarcerado em Guantánamo, e que nunca mais parou até o inocentar e libertar, chegando ao ponto de pôr uma acção contra o Presidente dos EUA no Supremo Tribunal americano. No papel da expansiva e tenaz Rabiye, Meltem Kaptan, apresentadora de televisão e actriz muito popular na Alemanha, chama a si o filme, que é realizado com o anonimato, a previsibilidade narrativa e o espírito “feel good” ( aliado a um excesso de ligeireza, dado o tema) de uma qualquer produção televisiva.
“A Fuga dos Lulus”
Eis mais uma adaptação ao cinema de uma série de banda desenhada, no caso, “La Guerre des Lulus”, da autoria de Régis Hautière e Hardoc. Lucas, Lucien, Luigi e Ludwig, os “Lulus” do título, são órfãos e amigos inseparáveis que vivem no orfanato de uma abadia situada numa aldeia da Picardia. Quando estala a I Guerra Mundial e os alemães se aproximam da região, a abadia é evacuada, mas os quatro irrequietos amigos ficam esquecidos atrás das linhas inimigas. Juntamente com a jovem Luce, que ficou separada dos pais pelos combates, decidem chegar à Suíça, “o país que nunca está em guerra”, custe o que custar. Realização de Yann Samuel.
“Drácula: O Despertar do Mal”
O norueguês André Ovredal (“O Caçador de Trolls”, “A Autópsia de Jane Doe”) filma, tomando algumas liberdades, o que sucedeu a bordo do navio Demeter no livro “Drácula”, de Bram Stoker, que transporta da Roménia para Inglaterra o conde Drácula e vários caixotes de terra do seu castelo na Transilvânia, apoiando-se no capítulo em que o escritor reproduz o diário de bordo redigido pelo comandante da nave, que deu à costa durante uma grande borrasca, sem a tripulação e apenas com aquele morto e atado ao leme, segurando um crucifixo. “Drácula: O Despertar do Mal” foi escolhido como filme da semana pelo Observador.