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O batalhão Azov regressou ao terreno para combater o exército de Moscovo. Os militares que defenderam Mariupol no ano passado estão em “ação” na região de Lugansk, de acordo com a informação avançada pelo coronel das Forças Armadas Nikolai Urshalovich, que fez recentemente uma conferência de imprensa.

Neste momento, adiantou o batalhão Azov através das suas redes sociais, estes militares ucranianos estão a dirigir-se para Zaporíjia. Já esta terça-feira, estiveram na floresta de Serebryansky, numa missão em que foi abatido um morteiro e a sua tripulação, assim como um tracklayer de combate Bat-2, acrescentou o responsável das Forças Armadas ucraniano. No Telegram, o centro de imprensa do exército ucraniano divulgou mesmo uma fotografia desta brigada famosa.

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Nos últimos meses, também de acordo com as publicações nas redes sociais do batalhão Azov, os militares têm feito treinos para voltar a combater.

Em setembro do ano passado, depois de a Rússia ter conseguido dominar Mariupol, região onde estavam os militares do batalhão Azov, pelo menos cinco comandantes ucranianos foram capturados e levados para a Turquia. Os elementos do batalhão Azov estiveram dentro da fábrica de Azovstal, em Mariupol, durante cerca de três meses, recusando sempre render-se a Moscovo, mas os cinco comandantes acabaram por ser capturados e levados para a Turquia, numa troca de prisioneiros com a Rússia.

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O objetivo do Kremlin era manter os cinco comandantes do batalhão Azov presos até ao final da guerra, mas o Presidente ucraniano acabou por viajar até à Turquia no mês passado e trouxe consigo os militares presos. “Estamos a voltar da Turquia e trazemos os nossos heróis connosco”, disse Zelensky, no dia em que se completaram 500 dias de guerra na Ucrânia.

Estes cinco comandantes do batalhão Azov acabaram por se render, depois de a Ucrânia aceitar um acordo para troca de prisioneiros, que foi, aliás, mediado pelo Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan. Este acordo permitiu a libertação de 215 soldados ucranianos e, em troca, foram libertados 55 russos e ucranianos com ligações a Moscovo — foi a maior troca de prisioneiros desde o início da guerra.

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No dia em que os cinco comandantes regressaram à Ucrânia, com Zelensky, Moscovo reagiu, reclamando que a saída da Turquia não constava no acordo feito e que a troca de prisioneiros determinava que os comandantes deveriam manter-se em território turco.

Mas os militares do batalhão Azov têm estado sob vigilância do Kremlin e, já em maio deste ano, a Rússia decidiu condenar dois combatentes a 13 anos de prisão,pela alegada tentativa de homicídio de um cidadão russo.