O ex-advogado pessoal de Donald Trump e antigo autarca de Nova Iorque, Rudy Giuliani, entregou-se esta quarta-feira às autoridades da Geórgia, enfrentando a acusação de principal co-conspirador do ex-presidente para reverter os resultados eleitorais de 2020.

Giuliani, que chegou a ser conhecido como o “autarca da América” pela sua liderança após os atentados de 11 de setembro de 2001, é acusado juntamente com Trump e outras 17 pessoas de conspirar para subverter a vontade dos eleitores da Geórgia numa tentativa desesperada de manter Joe Biden fora da Casa Branca.

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A fiança do ex-político foi fixada em 150 mil dólares (138 mil euros), abaixo dos 200 mil dólares (184 mil euros) determinados para Trump.

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Os registos da prisão do condado de Fulton mostraram que Rudy Giuliani entregou-se na tarde desta quarta-feira.

Giuliani, de 79 anos, é acusado de liderar os esforços de Trump para obrigar os legisladores estaduais na Geórgia e em outros estados a nomear ilegalmente eleitores favoráveis a Trump.

A Geórgia foi um dos vários estados-chave em que Trump perdeu por pequenas margens, o que levou o Republicano e os seus aliados a proclamar, sem provas, que a eleição foi alvo de fraude a favor do seu rival Democrata e atual Presidente, Joe Biden.

Giuliani é acusado de fazer declarações falsas e solicitar falsos testemunhos, conspirar para criar documentação falsa e pedir aos legisladores estaduais que violassem o seu juramento.

A procuradora distrital do condado de Fulton, Fani Willis, responsável pelo caso, disse que, se condenado, Giuliani será sentenciado a pena de prisão.

Giuliani negou qualquer irregularidade, argumentando que tinha o direito de levantar questões sobre o que acreditava ser uma fraude eleitoral. Classificou ainda a acusação de “uma afronta à democracia americana”.

Já o ex-Presidente Donald Trump deverá entregar-se na quinta-feira às autoridades da Geórgia, naquela que é a quarta acusação criminal que enfrenta.