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Realizou-se esta terça-feira o funeral de Yevgeny Prigozhin. O líder do grupo Wagner, morto num desastre de avião à menos de uma semana, e cujas causa permanecem desconhecidas, foi sepultado em São Petersburgo, a sua cidade natal, num cemitério onde também estão os pais de Vladimir Putin e várias altas patentes militares.
A pedida da família, a cerimónia decorreu à porta fechada, num evento privado apenas para familiares e amigos próximos. Um detetor de metais foi colocado à entrada do cemitério, e o contingente de segurança foi reforçado. O Presidente russo, Vladimir Putin, indicou esta manhã, através do seu porta-voz, Dmitry Peskov, que não estaria presente no funeral.
Por cá, em entrevista à RTP, Volodymyr Zelensky lembrou o homólogo brasileiro, Lula da Silva, que os ucranianos são vítimas da invasão russa e que “a guerra não é no Brasil”, afastando concessões territoriais e pedindo respeito pelos Estados independentes. O Presidente ucraniano confirmou que irá aceitar o convite para visitar Portugal no futuro.
Casa Branca sugere que Putin pode ser responsável pela morte de Prigozhin
Eis um resumo dos outros acontecimentos que marcam o 552.º dia de guerra na Ucrânia:
O que se passou durante a noite?
- Uma explosão abalou o aeroporto de Pskov, no nordeste da Rússia, aparentemente provocada por um ataque com 20 drones ucranianos;
- A Força Aérea russa no Mar Negro destruiu quatro navios militares ucranianos, informou o Ministério da Defesa;
- A Rússia repeliu ataques ucranianos nas regiões russas de Bryansk e Oryol, informou também a Defesa russa;
- A Casa Branca não excluiu a hipótese de Vladimir Putin estar por trás da morte do líder do grupo Wagner. “Todos sabemos que o Kremlin tem um longo historial de matar opositores”, disse Karine Jean-Pierre, no habitual briefing diário em Washington;
- As forças de Moscovo na região ucraniana de Zaporíjia acusaram Kiev de atacar uma escola primária, obrigando os funcionários a refugiarem-se na cave;
- Os Estados Unidos da América (EUA) anunciaram esta terça-feira um novo pacote de assistência militar para a Ucrânia que ascende a 250 milhões de dólares (230 milhões de euros);
- O Tribunal Europeu dos Direitos Humanos condenou a Rússia por agressão contra a banda Pussy Riot;
- Andrey Belousov, vice-primeiro-ministro da Rússia e membro da missão permanente nas Nações Unidas, afirmou que os Estados Unidos da América estão a desenvolver novas armas nucleares e que em breve terá de as testar;
- O grupo russo Gazprom sofreu um colapso nos seus lucros durante o primeiro semestre do ano, com cerca de 3.000 milhões de dólares, 93% menos que no mesmo período de 2022, quando registou ganhos de 43.345 milhões de dólares.
O que se passou durante a tarde?
- Vladimir Putin vai deslocar-se à China em outubro. Será a primeira viagem ao estrangeiro desde o mandato de captura internacional emitido em março contra Putin pelo Tribunal Penal Internacional;
- As tropas ucranianas reclamaram esta terça-feira mais avanços na frente sul do país nas linhas de defesa russas perto de Robotyne;
- O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano voltou a rejeitar negociar com Putin e acusou o Presidente russo de matar Yevgeny Prigozhin.
- Quatro pessoas morreram quando um helicóptero Mi-8 alegadamente pertencente ao Serviço Federal de Segurança da Rússia se despenhou na região russa de Cheliabinsk, perto da fronteira com o Cazaquistão;
- Em Kiev, dezenas de pessoas juntaram-se para assistir às cerimónias fúnebres de Andry Pilshchykov, um dos mais famosos pilotos da força aérea ucraniana, conhecido pelo seu apelido, “Juice”;
Comissão Europeia nega prazo de 2030 para alargamento da União Europeia
- A empresa energética ucraniana Naftogaz anunciou esta terça-feira a descoberta, numa zona não especificada, de novas reservas de gás natural que poderão atingir os mil milhões de metros cúbicos e permitir ao país tornar-se independente dos fornecimentos da Rússia;
- A Comissão Europeia negou ter sido fixado um prazo para o alargamento da União Europeia (UE), depois do presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, ter dito que a UE deve preparar-se para integrar novos membros “até 2030”;
- A Alemanha deteve um homem de nacionalidades alemã e russa por suspeitas de exportar componentes utilizados pela Rússia na produção de hardware militar, violando, assim, as sanções impostas ao país;
- Um tribunal de Moscovo decidiu esta terça-feira que um destacado ultranacionalista russo que acusou o Presidente russo, Vladimir Putin, de fraqueza e indecisão na Ucrânia deve permanecer na prisão acusado de extremismo.
O que se passou durante a manhã?
- O Ministério da Defesa da Rússia indicou, esta terça-feira, que a sua defesa aérea abateu drones ucranianos sobre as regiões russas de Tula e Belgorod;
- Os EUA acusaram Moscovo de tentar intimidar e assediar funcionários de Washington, no âmbito do caso que levou à detenção de um trabalhador russo por, alegadamente, transmitir às autoridades norte-americanas informações sobre a guerra;
- Os salários nas forças armadas russas subiram desde o início da guerra, mas apesar disso “é pouco provável que a Rússia consiga atingir os seus objetivos de recrutamento de voluntários para as fileiras”, segundo o Ministério da Defesa do Reino Unido;
- A Rússia tem falta de unidades de “infantaria de elite” que outrora mobilizou para levar a cabo ofensivas em grande escala, de acordo com o Instituto para o Estudo da Guerra.