Thaksin Shinawatra, antigo primeiro-ministro da Tailândia, que esteve exilado mais de uma década e regressou ao país na última semana, vai cumprir um ano de prisão. O rei da Tailândia, Maha Vajiralongkorn, reduziu a sentença do multimilionário que tinha sido condenado por corrupção e ia cumprir oito anos de prisão.
“Aceitou o crime e mostrou remorso”, consta no comunicado publicado pela gazeta real esta sexta-feira e citado pelo jornal The Guardian. “Neste momento está idoso e tem doenças que necessitam de cuidados profissionais médicos”, diz o mesmo documento.
Thaksin Shinawatra, de 74 anos, foi primeiro-ministro da Tailândia entre 2001 e 2006. Saiu do país em 2006, depois de ser derrubado por um golpe militar, que aconteceu quando Thaksin Shinawatra se encontrava em Nova Iorque para participar na Assembleia Geral das Nações Unidas. Depois disso, exilou-se e foi durante esse período que foi condenado por corrupção, abuso de poder e conflito de interesses.
Na semana passada, Thaksin regressou à Tailândia. Chegou num jato privado, foi levado ao Supremo Tribunal e acabou na prisão para cumprir uma pena de oito anos. Na primeira noite, foi transferido para um hospital militar devido a dores no peito e pressão alta, descreve a agência Reuters. Um dia depois, submeteu um pedido de perdão real.
Thaksin, um dos homens mais ricos da Tailândia, é frequentemente comparado com Sílvio Berlusconi, ex-primeiro-ministro italiano, e acusado de utilizar os poderes de primeiro-ministro para favorecer os seus negócios pessoais. O empresário e político chegou a ser proprietário do Manchester City — comprou o clube de futebol inglês em 2007 e vendeu-o menos de um ano depois ao Abu Dhabi United Group por 234 milhões de euros.