O antigo primeiro-ministro da Tailândia, Thaksin Shinawatra, regressou ao país depois de 17 anos exilado. O regresso acontece no mesmo dia em que o partido que fundou vai a votos no parlamento para poder formar governo.

Thaksin Shinawatra, de 74 anos, saiu do país em 2006, depois de um golpe de Estado militar. Agora que voltou a casa, foi preso e cumprirá uma pena de oito anos de prisão, alegadamente por corrupção e deslealdade em relação à monarquia, noticiou a Reuters. Acusações que Shinawatra rejeita.

A irmã, Yingluck Shinawatra, permanece no exílio desde 2014, depois de outro golpe de Estado militar. A antiga primeira-ministra está acusada de negligência no governo.

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Esta terça-feira, Srettha Thavisin, apontado pelo partido Pheu Tai, tentará formar governo, depois de Pita Limjaroenrat, que venceu as eleições em maio pelo partido Avançar, não ter conseguido fazê-lo.

À semelhança do partido Avançar, o partido Pheu Tai é um partido pró-democracia. No entanto, para conseguir assentos suficientes no parlamento teve de coligar-se com 10 partidos, incluindo dois que são apoiados pelos militares que levaram à queda dos governos dos irmãos Shinawatra. Mesmo assim, Thavisin ainda só conseguiu assegurar 317 dos 375 votos necessários.

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A coincidência do regresso de Thaksin Shinawatra com o voto no parlamento levanta especulações sobre o papel que o antigo primeiro-ministro terá tido na formação da aliança com os antigos rivais e se o seu regresso em segurança seria uma contrapartida para a presença dos militares no governo.

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