A publicação deste Direito de Resposta da associação Nova Acrópole de Coimbra ao artigo de opinião “CDU critica apoio da Câmara de Coimbra a associação acusada de ser uma seita” é feita ao abrigo da Lei de Imprensa.

O artigo publicado “CDU critica apoio da Câmara de Coimbra a associação acusada de ser uma seita” inclui acusações contra a Nova Acrópole que não se baseiam em nenhum facto comprovado.

O artigo, com evidentes intenções políticas, faz eco de acusações infundadas encontradas na internet, replicando informações dos anos 1980 já comprovadas como falsas e, portanto, desatualizadas. Utiliza expressões difamatórias sem explicitar o conteúdo, o contexto ou as fontes destas afirmações, não com a finalidade primeira de informar sobre a Nova Acrópole, mas para atacar politicamente o executivo do Município de Coimbra. Trata-se, portanto, de um episódio de divergência política que utiliza a Nova Acrópole e instrumentaliza órgãos de comunicação social nas suas lutas partidárias.

A Nova Acrópole não teve nenhum tribunal ou decisão judicial a considerá-la como seita. O governo francês não usa a palavra seita para designar Nova Acrópole e a associação francesa citada é uma associação privada. Não entendemos, além disso, o que pode significar ter sido “acolhida pelo franquismo”, além de ter sido fundada em Espanha no ano de 1972.

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A publicação não parece exercer qualquer escrutínio à informação veiculada e, apesar de terem sido contactados os intervenientes políticos envolvidos, a Nova Acrópole não foi contactada nem lhe foi oferecido de antemão o seu direito de resposta. Preocupa-nos, assim, que instituições jornalísticas, de outro modo respeitáveis, porventura por confiança na fonte original, possam tornar-se veículos de partilha de informação não verificada, com um artigo não assinado, que contém informações falsas, utilizando a difamação de uma instituição respeitada e de utilidade pública para provinciais finalidades políticas.

A Nova Acrópole é uma associação independente e apolítica, fundada na Argentina em 1957, que exerce as suas atividades em Portugal desde 1979, tendo obtido prémios de mérito e reconhecimentos de diversas instituições públicas portuguesas, respeitando estritamente a lei, as regras democráticas e a dignidade das pessoas. Promove a prática da filosofia como fonte de liberdade e pensamento crítico necessários para o funcionamento esclarecido da democracia e realiza ações pacíficas e não violentas a serviço da sociedade.

As milhares de pessoas beneficiadas pelo nosso trabalho todos os anos e mais de meio século de historial verificável são suficientes para provar a confiabilidade da nossa associação. Além disso, o artigo destaca alegações ideológicas inaceitáveis que são o oposto dos valores e práticas da nossa associação. A atribuição dessas qualificações à Nova Acrópole são o resultado de ignorância ou de dolo.

É por isso que devemos lembrar que o primeiro princípio da Nova Acrópole promove um ideal de fraternidade baseado no respeito pela dignidade humana além das diferenças de sexo, cultura, crenças, origem social, cor da pele, etc. A Nova Acrópole tem se expressado firmemente e constantemente nos últimos 66 anos contra todas as formas de racismo e colonialismo. Existe em cinco continentes abarcando mais de 50 nacionalidades diferentes que são um exemplo de cooperação, tolerância e diversidade invejáveis em nossas sociedades prejudicadas pelos perigos de polarização de todos os tipos. A filosofia eclética proposta pela nossa associação promove a abertura e o pensamento crítico. Neste aspeto, é um baluarte contra ideologias extremistas, fascistas e totalitárias, contra as quais a Nova Acrópole tem lutado incansavelmente desde a sua criação, especialmente nas suas conferências, revistas e livros.

As nossas atividades, cujos resultados podem ser demonstrados pela nossa página online, incluem conferências, cursos de filosofia e ações de voluntariado social e ecológico. Não são atividades reservadas, mas sim destinadas a qualquer adulto maior de idade, independentemente da idade.

Lamentamos essas polémicas estéreis que questionam a honra e a probidade dos membros da associação Nova Acrópole. Apelamos à aplicação de critérios de maior rigor à publicação de notícias que se querem verdadeiras e enriquecedoras da consciência humana.

José Carlos Fernández,
Diretor Nacional da Nova Acrópole