“O meu filho não fez nada de errado. Eu acredito nele”. Se as palavras do Presidente dos EUA, Joe Biden, fossem levadas à letra, o seu filho já tinha sido ilibado dos crimes de posse ilegal de arma e de falta com o imposto de renda federal. No entanto, ainda não é desta que Hunter Biden pode colocar para trás o passado obscuro ligado às drogas e a negócios alegadamente problemáticos.
Davic C. Weiss, procurador especial nomeado em agosto para investigar Hunter Biden, anunciou esta quarta-feira que planeia indiciá-lo pela posse de arma ilegal até ao final do mês.
Procurador-Geral dos EUA nomeia procurador especial para caso do filho de Joe Biden
Segundo o The New York Times, o advogado apresentou um documento de três páginas, no Tribunal Federal de Wilmington, no estado de Delaware, com as acusações referentes “à compra de uma arma de fogo por Hunter Biden, em 2018, tendo este mentido, declarando que não consumia drogas na altura”.
Esta medida surge após o filho de Biden ter deitado por terra um acordo que seria assinado em julho, que lhe daria imunidade no crime de posse de arma de fogo e que punha um ponto final na investigação começada em 2018, durante o mandato de Donald Trump. O problema é que, em vez de se dar como culpado, declarou-se inocente nos crimes de fuga ao fisco, nos anos de 2017 e 2018.
Filho de Joe Biden chega a acordo e declara-se culpado de crimes fiscais e posse ilegal de arma
O advogado de Biden, Abbe Lowell, já garantiu que “contestará qualquer tentativa de prosseguir com um julgamento, argumentando que o acordo original ‘permanece válido e impede a apresentação de quaisquer acusações adicionais'”, disse, citado pelo mesmo jornal.