Poucos dias depois de ter conhecido o grupo que o Benfica vai integrar na Liga dos Campeões, o presidente dos encarnados assumiu que o clube da Luz tem que pensar em conquistar a competição. Ainda assim, Rui Costa espera dificuldades nesse percurso.

“Neste clube, nada pode ser considerado uma utopia. Sabemos das dificuldades, vamos ser realistas”, disse Rui Costa numa conversa no âmbito do Thinking Football Summit, evento organizado pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional que está a decorrer no Porto. “Cada vez mais, no modelo atual, é mais difícil chegar a uma final da Liga dos Campeões. Basta olhar para os grandes colossos financeiros que andam por essa Europa fora e as dificuldades que têm tido em conquistar esse troféu. O Manchester City, que é dos clubes com maior poderio financeiro, ganhou no ano passado a primeira Liga dos Campeões. Por aí se pode ver a dificuldade que é chegar a uma final da Liga dos Campeões. Ainda assim, não alimentar este sonho num clube desta dimensão e desta grandeza seria uma estupidez. Cabe-nos diariamente que o Benfica terá que chegar um dia a esse nível”.

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Na edição 2023/24 da Liga dos Campeões, o Benfica integra o grupo D com Inter Milão, RB Salzburgo e Real Sociedad. Ainda assim, o principal foco dos encarnados continua a estar no campeonato. “Procuramos conquistar o segundo campeonato seguido num ano que vai ser extraordinariamente difícil, mas onde temos as nossas ambições. Fizemos tudo para poder estar nessa luta até ao fim, para podermos conquistar o bicampeonato. Tirando os quatro anos que conseguimos conquistar seguidos, já há muitos anos que o Benfica não faz o bi”.

Depois de ter feito o já habitual rescaldo do mercado de transferências, o presidente do Benfica voltou a prestar declarações sobre o tema. Nesse sentido, Rui Costa reforçou o contributo que o Seixal tem dado à equipa principal. “O ano passado tivemos 11 jogadores da formação a serem utilizados na primeira equipa. Este ano esperamos ir pelo mesmo caminho, andando sempre num número superior a cinco jogadores por época”, referiu. “Mais do que o número [de jogadores formados no Seixal] é a importância que lhes damos. Não posso colocar 20 jogadores da formação por ano na equipa principal para dar um número bonito às pessoas”.

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Com o aproximar do limite para a centralização dos direitos televisivos no futebol (2028/2029), o presidente do Benfica reitera que o clube da Luz não pode sair prejudicado da situação. “Atendendo a que o Benfica privilegia sempre o crescimento do futebol português, e está sempre com ambições de contribuir para a melhoria do futebol português, tem que contribuir para isso, mas tem que estar dentro do processo. Não havendo centralização, o Benfica segue sempre o seu caminho, como o fez no passado até ajudando a que alguém fosse a reboque dos contratos que o Benfica fez durante esses anos. Temos aqui uma janela ainda para perceber como é que estão os direitos. Já assumi isso mais do que uma vez. O Benfica está sempre em prol da melhoria do futebol português, mas não quer e não vai sair prejudicado desse processo”, afirmou. Sobre o naming do Estádio da Luz, Rui Costa garante que está “otimista” em relação a um acordo de patrocínio que, sugere, não deve “demorar muito tempo” a ser realizado.