O ciclone extratropical que avança pelo sul do Brasil desde terça-feira já provocou a morte de 40 pessoas. O novo balanço, avançado pela Defesa Civil do estado de Rio Grande do Sul, dá conta de 39 mortes registadas naquele estado e de uma morte no estado de Santa Catarina. Nove pessoas continuam desaparecidas.
Segundo a CNN Brasil, o governador de Rio Grande do Sul assumiu que o número de vítimas deverá aumentar nos próximos dias. Eduardo Leite explicou que as equipas de regaste estão a conseguir aceder a aéreas que, até ao momento, estavam isoladas, o que aumenta a probabilidade de encontrarem mais pessoas.
Quanto ao mau tempo, o governador brasileiro adiantou que a atenção sobre Porto Alegre será redobrada nos próximos dias face às chuvas que poderão cair. A capital do estado de Rio Grande do Sul está a cerca de duas horas do Vale de Taquari, região que tem sido mais afetada e onde morreu uma mulher durante um resgate.
“A água continua a descer, e nós prevemos ainda efeitos na região metropolitana [de Porto Alegre], na bacia do rio Gravataí. Estamos especialmente atentos porque deve vir mais chuva a partir de amanhã”, afirmou Eduardo Leite.
“O nível do Rio Taquari pode chegar a 24,92 metros, em Muçum, segunda previsão da Proteção Civil do Estado. Esta seria a maior cheia da história”, alertou a autarquia na terça-feira.
O ciclone extratropical levou a que, na quarta-feira, o governador de Rio Grande do Sul decretasse estado de calamidade pública. A partir da publicação, o decreto tem validade de 180 dias.