O filho de Joe Biden, Hunter Biden, foi esta quinta-feira indiciado pela posse de arma ilegal. A acusação foi apresentada por David Weiss, procurador especial nomeado para a investigação, que já no início do mês tinha assinalado a sua intenção de acusar o filho do Presidente dos EUA.

A acusação surge depois de Hunter Biden ter deitado por terra um acordo que seria assinado em julho, e que lhe daria imunidade no crime de posse de arma de fogo e punha um ponto final na investigação começada em 2018. Neste, o filho de Biden admitiria a culpa de forma a evitar que fosse a julgamento. De acordo com o ABC, é pouco provável que esta seja a última acusação contra Hunter Biden.

Filho de Biden pode voltar a tribunal para responder ao crime de posse de arma de fogo

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Para além da posse ilegal de armas, David Weiss está ainda a ponderar acusar Hunter Biden de crimes fiscas. No mês passado retirou as duas acusações de contraordenação fiscal que apresentou em Delaware com a intenção de as apresentar na Califórnia e em Washington — onde a alegada má conduta ocorreu. Os procuradores ainda não apresentaram um calendário para essas acusações.

Duas das acusações implicam uma pena máxima de prisão de 10 anos, enquanto a terceira tem uma pena máxima de cinco anos.

Weiss tem liderado o caso de Hunter Biden desde o final de 2018. Em agosto deste ano, foi nomeado procurador especial, para aprofundar a investigação antes das eleições presidenciais de 2024. Ao ser nomeado, Weiss passa a ter maior autoridade para realizar uma investigação mais abrangente em várias áreas, assim como levar ao julgamento do filho de Biden.

O caso de Hunter Biden remonta a outubro de 2018 quando, ao comprar um revólver numa loja no estado de Delaware, mentiu num formulário federal e jurou que não consumia drogas, apesar de, na altura, lutar contra o vício em crack. Nos EUA, é crime mentir no formulário da Agência de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos (ATF) e possuir uma arma enquanto consumidor de drogas.