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João, o abominável menino das Neves (a crónica do Vizela-Benfica)

Este artigo tem mais de 6 meses

Benfica dominou e controlou Vizela por inteiro até ao penálti de Samu, quando João Neves teve de se tornar o elemento mais importante da equipa. No fim, encarnados venceram pela 4.ª vez seguida (1-2).

O médio português voltou a ser titular e voltou a cumprir 90 minutos pelos encarnados
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O médio português voltou a ser titular e voltou a cumprir 90 minutos pelos encarnados

LUSA

O médio português voltou a ser titular e voltou a cumprir 90 minutos pelos encarnados

LUSA

Uma derrota, três vitórias, uma paragem para os compromissos internacionais. O Benfica visitava o Vizela depois das quatro primeiras jornadas da Liga e antes do início da fase de grupos da Liga dos Campeões — ou seja, claramente à procura de uma sequência de triunfos consistente que permitisse olhar para a receção ao RB Salzburgo com otimismo e confiança.

Roger Schmidt deu cinco dias de folga ao grupo reduzido que permaneceu no Seixal durante a pausa para as seleções e só recebeu os vários internacionais a meio da semana, preparando a visita ao Vizela no espaço de três dias. O treinador alemão não escondeu o favoritismo encarnado na antecâmara do jogo, até porque o clube minhoto nunca tinha venceu um dos “três grandes”, mas lembrava que a deslocação envolvia vários obstáculos.

Ficha de jogo

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Vizela-Benfica, 1-2

5.ª jornada da Primeira Liga

Estádio do FC Vizela, em Vizela

Árbitro: Luís Godinho (AF Évora)

Vizela: Buntic, Tomás Silva, Bruno Wilson, Anderson, Matheus Pereira, Bustamante (Diogo Nascimento, 71′), Busnić, Nuno Moreira (Alberto Soro, 58′), Samu, Matías Lacava (Dylan Saint-Louis, 58′), Samuel Essende

Suplentes não utilizados: Francesco Ruberto, Hugo Oliveira, Jardel, Alex Méndez, Rashid, Rodrigo Escoval

Treinador: Pablo Villar

Benfica: Trubin, Alexander Bah, António Silva, Otamendi, Fredrik Aursnes, João Neves, Kökçü (Chiquinho, 71′), Di María (David Neres, 87′), Rafa, João Mário (Florentino, 90+4′), Musa (Arthur Cabral, 87′)

Suplentes não utilizados: Samuel Soares, Morato, Tengstedt, Tomás Araújo, Tiago Gouveia

Treinador: Roger Schmidt

Golos: João Mário (9′), Di María (39′), Samu (gp, 70′)

Ação disciplinar: cartão amarelo a Fredrik Aursnes (67′), a Matheus Pereira (90+5′), a Bruno Wilson (90+12′)

“Estou muito contente com a condição dos jogadores. Voltaram bem dispostos, estão todos aptos e para mim isso é a coisa mais importante. A preparação é sempre diferente com o intervalo das seleções, até porque às vezes os jogadores voltam muito tarde, têm um treino e têm de estar prontos outra vez. O último treino foi muito bom, estamos entusiasmados. É sempre difícil jogar em Vizela. Um adversário agressivo, um estádio pequeno, uma viagem longa… É um desafio para nós, mas estamos muito bem preparados. Sabemos que quando jogamos ao nosso melhor nível temos sempre chances de vencer o jogo e é esse o nosso objetivo”, atirou o treinador alemão, que aproveitou para rejeitar a possibilidade de assumir a seleção da Alemanha na sequência do despedimento de Hansi Flick.

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Assim, e a poder contar contar com Alexander Bah depois de o lateral se ter lesionado ao serviço da Dinamarca, Roger Schmidt mantinha a equipa que goleou o V. Guimarães na jornada anterior e fazia apenas uma alteração: Trubin estreava-se na baliza do Benfica, com Samuel Soares a começar no banco. Do outro lado, num Vizela que vinha de uma vitória contra o Gil Vicente, Pablo Villar prolongava a equipa-tipo e só trocava Diogo Nascimento por Bustamante.

O Benfica entrou na partida praticamente a vencer, com Musa a abrir o marcador ainda dentro dos 10 minutos iniciais: Kökçü desequilibrou no corredor central e colocou na esquerda, onde Rafa acelerou e atraiu o guarda-redes Buntic para depois assistir o avançado croata, que ainda beneficiou de um desvio num adversário (9′). Os encarnados ficaram muito perto de aumentar a vantagem logo depois, quando Anderson desviou um cabeceamento de Bah em direção ao poste (11′), e o domínio da equipa de Schmidt era claro e evidente.

O Vizela tinha muita dificuldade para passar do meio-campo e o Benfica ia controlando o jogo praticamente sem sobressaltos, com o pivô Kökçü/Neves a funcionar como autêntica balança da equipa: os encarnados construíam por dentro, quase em absoluto, e os dois médios eram a primeira fase da transição ofensiva que depois entroncava na clarividência de João Mário e na criatividade de Rafa e Di María.

Kökçü ficou muito perto de marcar ainda nos 20 minutos iniciais, ao atirar ao lado depois de uma boa combinação com Di María (17′), e a natural quebra de intensidade do Benfica abriu a porta a duas aproximações do Vizela à baliza de Trubin: Essende cabeceou por cima na sequência de um cruzamento na direita (19′) e rematou ao lado, cruzado, depois de receber à entrada da grande área (34′).

O jogo foi rumando com naturalidade até ao intervalo e os encarnados ainda tiveram tempo para aumentar a vantagem, com Di María a assinar um livre direto perfeito a descair na direita e mesmo à entrada da grande área (39′). No fim da primeira parte, o Benfica estava a vencer o Vizela de forma clara e justa, sem que a equipa de Pablo Villar demonstrasse qualquer capacidade para discutir o resultado.

[Carregue nas imagens para ver alguns dos melhores momentos do Vizela-Benfica:]

A segunda parte começou mais dividida, com o Benfica a demonstrar maior dificuldade na hora de controlar as ocorrências e o Vizela a mostrar-se mais atrevido. Matías Lacava obrigou Trubin à primeira defesa no futebol português com um remate na esquerda, na sequência de um cruzamento vindo do lado contrário (56′), e Pablo Villar procurou refrescar a equipa com as entradas de Dylan e Alberto Soro.

A partir da hora de jogo, porém, a equipa de Roger Schmidt recuperou o perfil mais controlador e assumiu novamente a iniciativa, prolongando a aposta numa construção pelo corredor central que deixava o Vizela sem grande resposta. Musa ficou muito perto de bisar, atirando forte para defesa de Buntic depois de um passe de Rafa (63′), e o destino aparentemente decidido da partida tropeçou a 20 minutos do fim: Aursnes fez falta sobre Essende no interior da grande área e Samu, na conversão da grande penalidade, reduziu a desvantagem da equipa da casa e relançou o encontro (70′).

Pablo Villar voltou a mexer depois do golo, trocando Bustamante por Diogo Nascimento, e Roger Schmidt respondeu com a entrada de Chiquinho para o lugar de Kökçü. O Benfica procurou congelar os ânimos e recuperar o controlo do meio-campo, mas o Vizela subiu as linhas e ia tentando fazer estragos com recurso às investidas pelo corredor direito — beneficiando muito da entrada de Diogo Nascimento, que levou outro critério ao ataque da equipa.

Os encarnados voltaram a dominar o jogo nos últimos 10 minutos, com recurso à posse de bola e a João Neves, que se tornou o jogador mais importante da equipa num momento em que era necessário avançar com clarividência, falhar poucos passes e não perder duelos. No fim, o Benfica não deixou fugir a vitória em Vizela e somou o quarto triunfo consecutivo, mantendo-se a um ponto da liderança do FC Porto — sendo que Sporting e Boavista, que podem juntar-se aos dragões no primeiro lugar, só jogam este domingo.

 
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