Os resultados obtidos pela Alemanha nas últimas grandes competições depois da vitória no Mundial de 2014 no Brasil roçaram o catastrófico. No recente Campeonato do Mundo do Qatar, os germânicos não foram além da fase de grupos, acabando por cair com estrondo num grupo onde se encontravam também Espanha, Japão e Costa Rica. O mesmo tinha acontecido na edição anterior da prova, uma vez que, na Rússia, o registo não foi melhor. O Euro-2020, não tendo sido tão mau, não deu mais que os oitavos à Mannschaft.

Tudo somado, há quase dez anos que os alemães não vencem um jogo na fase a eliminar de um Mundial ou Europeu. Em 2024, a Alemanha vai sediar o Campeonato da Europa e a margem para a prestação correr mal é quase nula. Por isso, ao mínimo sinal de descalabro, Hansi Flick foi despedido do cargo de selecionador depois de não ter conseguido ganhar nenhum dos últimos cinco jogos amigáveis que realizou no cargo (e com exibições no mínimo sofríveis). A saída teve efeitos imediatos. O técnico interino Rudi Voller assumiu a equipa no segundo jogo da última janela de seleções e triunfou perante a França (2-1).

Com o objetivo de realizar um bom desempenho perante o seu público no próximo ano, a Alemanha reformulou o projeto e contratou Julian Nagelsmann para o cargo de selecionador até julho de 2024. O treinador de 36 anos volta a ocupar uma vaga deixada em aberto por Hansi Flick, uma vez que já em 2021 tinha assumindo o Bayern de Munique após o compatriota sair do clube, tornando-se também o treinador mais caro da história pelos 25 milhões de euros pagos pelos bávaros ao RB Leipzig. A experiência de Nagelsmann no campeão alemão não correu bem, acabando por deixar os bávaros em março.

“Estamos a organizar o Europeu. Isso é algo especial e só acontece a cada cem anos ou mais. Ter um torneio forte em casa é a prioridade. Estou muito ansioso por aceitar este desafio”, adiantou Nagelsmann no anúncio oficial. O presidente da federação, Bernd Neuendorf, reforçou a confiança no treinador. “Estamos convencidos de que com Julian Nagelsmann como treinador principal, a seleção nacional será capaz de entusiasmar os adeptos e disputar um torneio de sucesso. Julian Nagelsmann é um treinador excecional, extremamente motivado para este novo desafio. Vamos agora mudar o nosso foco para o torneio do próximo verão e dar todo o nosso apoio a Julian Nagelsmann”.

O treinador do Benfica, Roger Schmidt foi dado também como estando referenciado para ocupar o cargo. “A minha ambição é estar no Benfica, assinei contrato até 2026. Essa decisão foi tomada de forma ponderada e estou totalmente focado no presente e no Benfica. Adoro o clube, os jogadores e o staff, foi uma decisão fácil”, disse o alemão perante essa possibilidade, recusando assim deixar Portugal e a Luz.

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