Entre uma grávida vacinada contra o coronavírus e uma que esteve infetada, só a primeira garante a passagem de anticorpos suficientes para proteger o filho de ser infetado. Este é o resultado de um estudo de investigadores portugueses, publicado na revista científica JCI Insight. Algumas mulheres que tenham sido infetadas em algum momento da gravidez podem passar uma dose reduzida de anticorpos, mas longe da quantidade passada por uma mulher vacinada. A notícia é avançada pelo jornal Público.
O estudo foi feito pela equipa de Helena Soares, do Centro de Estudos de Doenças Crónicas (Cedoc) da Universidade Nova de Lisboa, que estudou a resposta imunitária materna no sangue da mãe e a resposta imunitária fetal no cordão umbilical. O foco esteve nos anticorpos neutralizantes, que impedem a infeção das células, produzidos pelas grávidas, os IgM e os IgG.
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“Esperava-se que a transferência de anticorpos da mãe para o feto decorresse de modo semelhante nas grávidas infetadas e vacinadas. Ou seja, que as grávidas infetadas produzissem predominantemente anticorpos neutralizantes contra o SARS-CoV-2 do tipo IgG e que estes fossem transferidos através da placenta”, diz a imunologista, citada pelo Público, mas afinal não é isso que acontece. A maioria dos anticorpos são IgM e estes não atravessam a placenta.