Ninguém esperava que Eduard Pujol, deputado do Junts per Catalunya — partido que defende a independência da Catalunha liderado por Carles Puigdemont —, dissesse “sim” quando foi questionado se queria que Alberto Núñez Feijóo fosse o próximo líder do governo espanhol. Porém, foi isso que acabou por acontecer. Mas foi apenas um equívoco do deputado e não uma decisão pensada.

Após todos os 350 deputados terem votado, a Mesa do Congresso, ao lado dos responsáveis do Junts per Catalunya, reuniram-se para tentarem entender o que fazer naquele cenário, mantendo-se um impasse de alguns minutos até o resultado final ser divulgado. 

A presidente da Mesa do Congresso, a socialista Francina Armengol, acabou por revelar que o voto de Eduard Pujol tinha sido declarado nulo, uma vez que o deputado se tinha enganado.

Assim sendo, o resultado final da segunda votação da investidura de Alberto Núñez Feijóo acabou por ser de 172 votos a favor (todos os deputados do Partido Popular, do VOX, da Coligação Canária e da União do Povo Navarro), 177 contra (todos os parlamentares do PSOE, do Sumar, da Esquerda Republicana Catalã, da Eh Bildu, do Partido Nacionalista Basco, do Bloco Nacionalista Galego e de seis deputados de Junts per Catalunya).

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

A estas contas, junta-se ainda o único voto nulo: o do deputado Eduard Pujol.

Na primeira votação da investidura, o socialista Herminio Sancho também se enganou e votou a favor da investidura de Alberto Núñez Feijóo. Na altura, o deputado conseguiu alterar o seu sentido de voto a tempo e acabou por votar contra a formação de um governo do Partido Popular.

Herminio Sancho justificou a votação inicial, uma vez que interpretou que se tinham enganado no seu nome: “Sancho. Sou Sancho, em honra do meu pai e da minha família. Sancho sim, sou Sancho, não Sánchez”. Uma explicação que gerou muitos comentários.