Aconteceu outras quatro vezes: em 2007, em 2014, em 2017 e em 2019. Em 2007, em 2014, em 2017 e em 2019, o Benfica também perdeu os dois primeiros jogos da fase de grupos da Liga dos Campeões, como aconteceu agora em 2023. Nessas quatro vezes, o Benfica acabou sempre eliminado e não seguiu para os oitavos de final. Agora, em 2023, o Benfica já procura uma conjugação cósmica para evitar a eliminação e seguir para os oitavos de final.

Di María, a cara de uma equipa que gastou tudo para pagar uma fatura demasiado alta (a crónica do Inter Milão-Benfica)

Os encarnados perderam esta terça-feira em Milão, com o Inter, depois de terem perdido há duas semanas na Luz com o RB Salzburgo — ou seja, continua sem vencer os italianos, somando agora quatro derrotas e dois empates em seis jogos disputados. O Benfica não perdia fora de casa nas competições europeias há 10 encontros, desde que foi goleado pelo Bayern Munique em novembro de 2021, e somou a terceira derrota nos 10 primeiros jogos da temporada, algo que já é o pior registo do clube desde 2015/16.

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Depois do jogo, na flash interview, Roger Schmidt não poupou tempo na hora de criticar a arbitragem. “A primeira parte foi equilibrada. Tivemos boa posse, oportunidades, bons momentos na transição, mas não tomámos boas decisões. Depois tivemos um lance que era 100% penálti. Não é 50%. Não entendo como é que ninguém foi ver as imagens. Perdemos 1-0, tentámos tudo. Foi merecido para o Inter, jogaram melhor, mas também foi azar por causa do penálti”, atirou o treinador alemão, referindo-se a um momento em que David Neres caiu na área italiana num duelo com Barella.

“Eles tiveram chances claras, nós não criámos chances da mesma qualidade. Mas é o expectável, com 0-0 e quando há qualidade do outro lado. Tivemos azar, porque podíamos ter marcado primeiro na primeira parte”, acrescentou, antes de comentar a condição física de Alexander Bah, que saiu lesionado ainda antes do intervalo. “O Bah estava apto. Teve alguns problemas, mas não é de ontem. Queria jogar mais, mas não foi possível. Na minha opinião, o lado direito do Inter é muito forte e precisávamos de um jogador bom no jogo aéreo, o Tomás Araújo é forte do jogo aéreo”, explicou, justificando a entrada do jovem defesa de 21 anos.

O Benfica perdeu pela margem mínima, mas a verdade é que o resultado poderia ter sido bem volumoso se não fosse a exibição positiva de Trubin, que fez várias defesas e evitou vários golos. No final da partida, em declarações na zona de entrevistas rápidas, o guarda-redes ucraniano reconheceu que teve “um bom jogo”, mas lembrou que “o resultado não foi o melhor”.

“Estou desiludido. Agora é continuar a trabalhar. Todos sabemos que o Inter é um dos maiores clubes da Europa. Na Champions tens de trabalhar muito, eles fizeram um grande jogo e nós, por vezes, cometemos erros e tivemos pouca sorte. É futebol. Apuramento? É difícil, este é um período difícil. Vamos lutar até ao final, até ao último segundo, por este clube e por estes adeptos. Para tornar reais os nossos sonhos”, atirou, revelando alguns detalhes sobre a fase de adaptação ao novo clube.

“Foi um período difícil. Tudo era novo para mim, clube novo, pessoas novas… Precisei de tempo para me adaptar. Toda a gente sabe que o meu primeiro jogo foi mau, mas faz parte do futebol e vou continuar a trabalhar para ajudar a equipa. Agora sinto-me mais confortável e penso que a equipa está mais confiante em relação ao meu trabalho, é normal no futebol. Passo a passo, para criar química com a equipa”, concluiu Trubin.