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Um grupo de manifestantes pelo clima voltou a bloquear o trânsito em Lisboa. Desta vez, o protesto decorreu na rua de São Bento, junto ao Rato. A PSP acabou por deter três elementos do Climáximo, responsáveis pelo protesto.
Os manifestantes sentaram-se na estrada, por volta das 8 horas desta quarta-feira, bloqueando o trânsito durante mais de 20 minutos. Os jovens do Climáximo seguravam tarjas e cartazes ou vestiam t-shirts onde se podiam ler frases como “Estão a destruir tudo o que amas” ou “Eles declaram guerra contra a vida”. Num vídeo divulgado pelo grupo vê-se um condutor a tentar tirar os jovens do chão, agarrando-os, puxando os cabelos a uma delas e dando-lhes empurrões.
Enquanto isso, outros ativistas distribuíram panfletos com uma pergunta: “Sabendo o que sabes sobre a crise climática, o que vais fazer?”.
A PSP acabou por deter três manifestantes, tendo sido resposta a normalidade da circulação automóvel na rua de São Bento.
“Os governos e as empresas declararam guerra contra a sociedade e ao planeta. Esta declaração unilateral está a traduzir-se em ataques: catástrofes — ditas “naturais” — para garantir uma desresponsabilização dos culpados pelos seus crimes conscientes e coordenados”, refere Mariana Rodrigues, porta-voz do Climáximo, num comunicado enviado às redações.
“A sociedade vive num estado de guerra. Cada dia em que ignoramos a nossa realidade física é um dia em que compactuamos com o genocídio e o ecocídio dos governos e das empresas emissoras”, sublinha Mariana Rodrigues.
Esta é a segunda ação do mesmo grupo nas últimas 24 horas. Esta terça-feira vários manifestantes do Climáximo interromperam o trânsito na Segunda Circular, junto aos escritórios da Galp, e penduraram-se durante mais de duas horas na ponte pedonal.
Ao final da manhã, ficou a saber-se que os três manifestantes detidos esta quarta-feira serão ouvidos por um juiz às 14 horas.
Adiado julgamento dos manifestantes que cortaram Segunda Circular
O julgamento sumário dos 11 manifestantes pelo clima que na terça-feira cortaram o trânsito na Segunda Circular foi adiado, disse o movimento Climáximo. Desconhece-se o motivo do adiamento do julgamento, que estava marcado para esta quarta-feira de manhã no Campus da Justiça, e qual a nova data para os jovens serem ouvidos por um juiz.
Os manifestantes estão acusados dos crimes de atentado à segurança rodoviária e perturbação da ordem pública.