Afinal, Cristiano Ronaldo não vai levar 99 chicotadas. A embaixada do Irão em Espanha veio desmentir a notícia de que o internacional português tinha sido condenado, após o encontro com a pintora iraniana Fatemeh Hamami em setembro, onde lhe deu um abraço e um beijo na bochecha. Algo considerado como “adultério” no país.
“Negamos veemente a emissão de qualquer decisão judicial contra qualquer atleta internacional no Irão”, começou por escrever, numa publicação na rede social X (antigo Twitter). “É preocupante que a publicação de tais notícias sem fundamento possa ofuscar os crimes contra a humanidade e os crimes de guerra contra a nação palestiniana oprimida”, acrescentou, referindo-se ao conflito entre o grupo Hamas e o Israel.
Desmentimos rotundamente la emisión de cualquier fallo judicial contra cualquier deportista internacional en Irán. Es motivo de preocupación que la publicación de noticias tan infundadas pueda eclipsar los crímenes de lesa humanidad y los crímenes de guerra contra la oprimida… pic.twitter.com/51xw40L7Gp
— Embajada de Irán en España (@IraninSpain) October 13, 2023
Em causa está a ida do jogador do clube Al Nassr, da Arábia Saudita, a Teerão, capital do Irão, com o objetivo de defrontar o Persépolis, em partida a contar para a Liga dos Campeões Asiática. Pelo caminho, encontrou a artista iraniana, com cerca de 85% do corpo paralisado, que lhe confessou uma grande admiração, oferecendo-lhe uma obra sua, como noticia o jornal espanhol Mundo Desportivo, citando o canal iraniano Sharq Emroz.
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Como forma de agradecimento, o atleta, de 38 anos, resolveu dar-lhe um abraço e um beijo na bochecha, como mostra o vídeo publicado por Fatemeh Hamami, nas redes sociais. Uma equipa de advogados decidiu levar o caso para a justiça, como avançava o jornal italiano.
Segundo a lei iraniana, tocar numa mulher com a qual não se está casado é considerado adultério. E, visto que o beijo e abraço não foi dado a Georgina Rodríguez, a modelo e companheira de Cristiano Ronaldo (com quem também não está casado), tinha sido noticiado que este tinha sido condenado a 99 chicotadas.
No entanto, a embaixada veio dizer que “o seu encontro sincero e humano com Fatemeh Hamami foi igualmente elogiado e admirado tanto pelo povo, como pelas autoridades desportivas do país”, desmentindo assim a notícia da condenação.