O realizador iraniano Dariush Mehrjui e a sua mulher, Vahideh Mohammadifar, foram encontrados mortos em casa, nos arredores de Teerão. De acordo com as informações avançadas pela Sky News, o casal terá sido esfaqueado, tendo sido encontrados vários ferimentos no pescoço.

Os corpos foram encontrados este sábado à noite pela filha do casal e, neste momento, ainda não foi identificado qualquer suspeito. No entanto, Vahideh Mohammadifar tinha feito uma denúncia há pouco tempo sobre ameaças que terá recebido através das redes sociais.

A hipótese avançada, para já, aponta para retaliações pela oposição deste realizador, que é considerado um dos fundadores da nova vaga de cinema iraniano, ao regime de Teerão. Aliás, o governo iraniano proibiu o seu último filme “Minor”, lançado em 2022.

A oposição de muitos dos realizadores iranianos ao governo tem tido como resposta a repressão. Este ano, por exemplo, o realizador Mohammad Rasoulof — que fez o filme “O Mal Não Existe”, sobre a aplicação da pena de morte neste país –, foi detido pelas críticas contra a violência policial.

E em agosto, o realizador iraniano Saeed Roustayi — responsável pelo filme “A Lei de Teerão”, sobre o combate ao tráfico de droga na capital, e pelo recente “Os Irmãos de Leila”– foi condenado a seis meses de prisão por causa do seu último filme. A justiça iraniana considerou que o filme que mostra a história dos três irmãs de uma mulher chamada Leila é uma propaganda contra o regime iraniano.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR