“Aquele é o próximo treinador do Manchester City”. De acordo com o Telegraph, terá sido este o desabafo de Pep Guardiola após o último encontro frente ao Brighton de Roberto De Zerbi, numa informação que num ápice tornou viral na antecâmara de mais um duelo entre o campeão europeu e inglês e uma das formações que melhor joga futebol na Europa. Ou seja, este era mais do que um duelo a valer três pontos entre equipas que vinham de resultados menos conseguidos na Premier League, tornando-se quase numa luta entre dois técnicos em patamares diferentes da carreira mas que tinham algo para mostrar. Ainda assim, o espanhol dos citizens optou por “esvaziar” esse choque, sem deixar de elogiar o técnico transalpino da “moda”.

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“Não me lembro disso. Talvez tenha má memória mas tenho a certeza de que o Roberto pode treinar em qualquer equipa do mundo. Não tenho qualquer dúvida. Não me lembro de ter dito isso aos jogadores. Lembro-me de ter dito antes de ele chegar, um ou dois jogos depois, que era preciso apoiar o treinador, mas não me lembro de o ter dito honestamente. Sucessor? Não tenho nada a ver com isso. Se o presidente pedir a minha opinião, eu darei a minha opinião, mas não tenho nada a ver com isso. Não sou o diretor desportivo. Posso dizer que não é preciso estar nos clubes de topo para ser treinador dos clubes de topo. Fui nomeado treinador da equipa principal do Barcelona vindo da quarta divisão, sem experiência ao mais alto nível. A ideia é do clube, o diretor desportivo segue a ideia, contratam o treinador para essa ideia, contratam jogadores para seguir a ideia. Quando isso acontece, as coisas correm bem”, comentou Pep Guardiola.

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“É o melhor treinador do mundo e uma referência não só para mim mas para todos os treinadores do mundo. Fico feliz quando oiço o Pep [Guardiola] falar de mim, é um pouco difícil, fico um bocado embaraçado… O que estamos a tentar fazer é trabalhar para evoluir. Penso que ainda não somos uma grande equipa mas estamos a trabalhar nisso, trabalhamos com paixão. Estamos a jogar bem, a competir bem, mas temos de melhorar, evoluir e adaptar-nos ao desafio desta época”, salientou Roberto De Zerbi, técnico italiano que levou pela primeira vez o Brighton a uma prova europeia (além de fazer duas das maiores vendas do último mercado, entre Caicedo, Mac Allister e Robert Sánchez), que começou bem a temporada mas que não tinha qualquer vitória há um mês, entre dois empates e duas derrotas para Premier League e Liga Europa.

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Aquele que já seria um grande jogo ganhava um aliciante extra, com esse prioridade do regresso aos triunfos que chegava também ao Manchester City depois dos desaires com Wolverhampton e Arsenal que travaram a série de vitórias consecutivas a abrir a Premier League. Foi isso que acabou por acontecer mas numa história diferente daquilo que se chegou a supor, com o “atropelo” na primeira parte a não ter tanta continuidade no segundo tempo e a permitir ainda que o Brighton pudesse sonhar com um empate que não chegou numa partida marcada pelo regresso aos golos de Erling Haaland após um “jejum” de três partidas na Liga.

O facto de ter havido um golo logo a abrir também condicionou o jogo. Com uma falsa linha de três com Kyle Walker, Akanji e Gvardiol que colocava muitas vezes John Stone no meio-campo ao lado de Rodri e dava a Bernardo Silva a missão de construir tendo Phil Foden e Doku abertos nas alas no apoio a Julian Álvarez e Haaland, o City precisou apenas de sete minutos para chegar à vantagem com mais um desequilíbrio no 1×1 do belga pela esquerda a assistir Álvarez para o sétimo golo da época. O Brighton perdia em toda a linha, com Welbeck a sair lesionado no quarto de hora inicial, e Haaland reforçou esse cenário com mais um daqueles golos que vão fazendo a diferença, ganhando a bola em zona adiantada para rematar rasteiro de pé esquerdo fora da área para o 2-0 (19′). Nunca o norueguês tinha estado três jogos da Premier sem marcar mas essa tal “seca” chegava ao fim num momento que os visitantes acusaram e muito até ao intervalo.

Tudo jogava a favor de um Manchester City que joga durante a semana para a Liga dos Campeões frente ao Young Boys mas as oportunidades falhadas de chegar ao terceiro golo pelos mesmos Álvarez e Haaland não fecharam a partida e permitiram que o Brighton fosse sempre procurando um golo que o recolocasse de novo na discussão da partida. Mitoma, mais um dos jogadores que em breve saltará para outros patamares, deixou um primeiro aviso antes de Ansu Fati saltar do banco para reduzir mesmo a desvantagem com um remate de pé direito na área sem hipóteses para Ederson (73′). A incerteza voltava mas o 2-1 acabou por perdurar até ao final, que teve nos descontos uma aparente lesão grave de Solly March, a expulsão de Akanji por acumulação e os visitantes a terminarem em cima da baliza dos citizens sem efeitos práticos.