A maioria dos países da União Europeia (UE) já faz relatórios que têm em conta a ocorrência com maior frequência de fenómenos meteorológicos adversos, mas são poucos os que têm em consideração as alterações climáticas nas políticas.
De acordo com um relatório divulgado esta terça-feira pela Agência Europeia do Ambiente (AEA), “mais de metade dos países que participam entregaram avaliação sobre as debilidades climáticas desde 2021”, mas “os países com avaliações de risco climático continuam a ser a exceção”.
Baseado no relatório, a maioria dos países ainda não produziu uma avaliação abrangente do risco nacional [das alterações climáticas]. Estas avaliações são cada vez mais utilizadas para a adaptação de políticas”, acrescenta o documento divulgado pela AEA.
A Agência também concluiu que “há uma evolução no “panorama da adaptação de políticas. As leis climáticas estão a surgir cada vez mais como um instrumento para dar maior poder legal a essas políticas. Nove novas estratégias de adaptação estão aprovadas e acabaram por ser adotados desde 2021”.
No relatório observa-se também que persistem dificuldades na coordenação de políticas ao nível governamental, nomeadamente no financiamento dessas políticas e nas capacidades humanas e técnicas, e que os fundos europeus são o que alavanca a maioria das políticas ambientais dos Estados-membros.
A agência europeia aponta ainda que entre 1980 e 2022 os fenómenos climáticos extremos foram responsáveis por perdas económicas na ordem dos 650 mil milhões de euros entre os Estados-membros, dos quais mais de 52 mil milhões de euros no ano passado.