Há mais cinco israelitas, incluindo três menores, que procuram obter nacionalidade portuguesa o mais rápido possível. A informação foi avançada pela Comunidade Israelita do Porto, num comunicado a que o Observador teve esta terça-feira acesso.
Na nota é revelado o caso de Dror Or, de 48 anos, que foi raptado juntamente com os dois filhos menores, Alma e Noam, depois de a sua mulher ter sido “brutalmente assassinada”. O israelita está em processo para a obtenção da nacionalidade portuguesa há 18 meses.
O mesmo acontece com a sua irmã, Dana Or, que também iniciou o processo para a naturalização há 18 meses. Além disso, também foi raptada com o seu filho menor, Liam.
A Comunidade Israelita do Porto explica que o comunicado pretende informar o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, de que a “família desesperada pede que seja rapidamente concedida a nacionalidade aos dois irmãos, bem como aos três menores: Alma, Noam e Liam”.
O caso destes cinco israelitas é conhecido somente dias após o de Ofer Calderon, refém na Faixa de Gaza que conseguiu obter a nacionalidade portuguesa após sido pedido um “deferimento imediato” da solicitação de naturalização.
Foi através de declarações à agência Lusa que José Ribeiro e Castro, antigo líder do CDS e advogado que requereu junto do Governo urgência na atribuição da nacionalidade portuguesa a Ofer Calderon, revelou esta terça-feira que a questão “está resolvida”.
Sem avançar pormenores, Ribeiro e Castro adiantou que basta ter havido a emissão da certidão de nascimento pela Conservatória dos Registos Centrais para que o israelita, que tinha requerido a nacionalidade portuguesa há dois anos, possa beneficiar da dupla nacionalidade.
A agência Lusa tentou obter esclarecimentos junto do Ministério da Justiça sobre o processo de atribuição de nacionalidade a Ofer Calderon ao abrigo da lei dos sefarditas, tendo sido informada que não serão prestadas informações sobre este caso.