Esta terça-feira, uma mulher grávida de oito meses foi a uma consulta no Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, e recebeu a notícia de que a sua filha estava morta. Teria de remover o feto, mas foi, nesse dia, enviada para casa, com a promessa de que voltaria no dia seguinte. Segundo a história avançada pelo Correio da Manhã e depois pelo Jornal de Notícias, a mulher voltou no dia seguinte, tal como indicado, mas foi mandada para casa novamente, uma vez que o hospital já não tinha vagas. O início do processo para induzir o parto só teve início esta quinta-feira.

“Disseram-lhe que naquele dia não garantiam um quarto. Poderia ficar com outra mulher grávida ou recém-nascidos no mesmo quarto ou ir para casa e voltar no dia seguinte e se tivesse febre ou dores para ir à urgência”, explicou o pai da bebé ao JN. No dia seguinte, depois de estar meia hora à espera, os pais foram informados de que, afinal, não havia vaga, uma vez que a mulher teria de ficar internada, pelo menos, durante 48 horas — tempo de atuação do medicamento que induz o parto.

O pai da bebé explicou ainda que não foi dado sequer acompanhamento psicológico e que a notícia foi dada sem qualquer empatia. “Disseram-lhe: a sua filha tem qualquer coisa, está morta”, descreveu.

Em resposta ao JN, o Hospital Beatriz Ângelo referiu apenas que, “tal como previsto e agendado com a utente, a mesma compareceu esta quinta-feira no Hospital Beatriz Ângelo e os procedimentos clínicos indicados para esta situação estão a decorrer”.

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