O Grupo Volkswagen aumentou de forma significativa as vendas de veículos eléctricos nos primeiros nove meses de 2023, em que comercializou 531.500 modelos a bateria no mercado global. Estes resultados representam um incremento de 45% face ao mesmo período do ano anterior.

Nos primeiros nove meses de 2023, todas as marcas do Grupo VW que produzem veículos eléctricos (essencialmente VW, Audi, Skoda, Cupra e Porsche) viram estes veículos representar 7,9% do total das vendas do consórcio alemão, sendo que a Europa continua a ser o maior mercado deste tipo de veículos, com as vendas a dispararem 61%, para atingirem 341.000 unidades.

Igualmente importante, o mercado chinês aumentou 4%, registando 117.100 unidades, com o conglomerado germânico a prever fechar o ano com um incremento de até 10% nas vendas de modelos 100% eléctricos. Mas se os resultados do Grupo Volkswagen são bons, em termos absolutos, a realidade é que há dúvidas se considerarmos os valores relativos.

Arno Antlitz, o COO (chief operating officer) do grupo, chamou a atenção para o facto de o banco de encomendas, que até ao início de 2023 era de 300.000 unidades, ter caído para apenas 150.000, o que representa um corte considerável na carteira de encomendas. Esta discrepância significa que, apesar do incremento das vendas, estas não são sustentáveis, o que faz toda a diferença.

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O ID.4 é o eléctrico mais vendido pelo Grupo VW, com este ID.5 a ser o segundo mais popular

Antlitz afirmou que o volume de encomendas está abaixo das expectativas, com os ID.4 e ID.5  a representar um volume de vendas de 162.100 unidades, com o ID.3 a surgir na segunda posição (90.500 unidades). O Audi Q4 e-tron foi o terceiro, ao comercializar 77.900 veículos, para o Skoda Enyaq iV cativar 54.400 clientes, enquanto o Cupra Born se fica pelos 32.300 veículos e o Audi Q8 e-tron anuncia 21.800 unidades.

Apesar deste bom resultado no campo dos veículos eléctricos, os lucros operacionais caíram 7% e as vendas baixaram em 8%. Mas Antlitz tinha mais para partilhar com o público. “Não podemos satisfazer-nos com as nossas margens de lucro, que no terceiro trimestre caíram abaixo dos nossos objectivos ambiciosos”, alertou.