Cerca de 17 mil utentes dos 63.883 estão sem médico de família no concelho de Caldas da Rainha, no distrito de Lisboa, admitiu o Ministério da Saúde numa resposta a um requerimento efetuado pelo PSD na Assembleia da República.

Dos 63.883 utentes, 17.075 não têm médico de família atribuído, refere o Ministério da Saúde numa resposta dada em 18 de outubro, a que a agência Lusa teve esta terça-feira acesso.

O ministério refere ainda que, no último concurso de recrutamento, foram abertas oito vagas, correspondentes ao número de médicos em falta.

O centro de saúde conta com 25 médicos e 35 enfermeiros, repartidos pelas três Unidades de Saúde Familiar – USF Rafael Bordalo Pinheiro, USF Rainha D. Leonor e USF da Tornada – e por quatro extensões de saúde: Rostos (A-dos-Francos), Alvorninha, Santa Catarina e Foz do Arelho.

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Segundo a tutela, na primeira existe uma parceria com a Câmara Municipal de Caldas da Rainha e Junta de Freguesia de Landal e A-dos-Francos que permitiu alocar “mais profissionais médicos, traduzindo-se esta medida num ganho assinalável para aquelas populações e uma redução do número de utentes sem médicos de família”.

Em Alvorninha, o médico prestador de serviços “cessou funções” no final de setembro e, em articulação com a junta de freguesia, “foi assegurado o acesso a consultas médicas a utentes daquela freguesia” na sede do concelho, estando aquela autarquia a garantir apoio ao transporte dos utentes.

“Sendo esta uma medida de contingência, prevê-se reverter a situação assim que for possível garantir o número de horas de trabalho médico”, esclareceu a tutela.

Em Santa Catarina, “é assegurada a presença de um profissional médico em regime de prestação de serviços, durante dois dias por semana”, indicou.

Na Foz do Arelho, foi iniciada em setembro uma parceria com a junta de freguesia respetiva, que assegura transporte aos utentes para terem consultas na sede de concelho, medida que “veio trazer ganhos no acesso a consultas e maior satisfação dos utentes”.

O ministério referiu ainda que, em articulação com os municípios e com a Administração Regional de Saúde e Vale do Tejo, foi implementado um programa de acolhimento para médicos internos e especialistas, através da disponibilização de alojamento, “com vista a uma melhor integração nas comunidades locais”.