Siga aqui o nosso liveblog sobre a guerra Israel-Hamas
O Presidente norte-americano, Joe Biden, disse, esta segunda-feira, a partir da Sala Oval da Casa Branca, que os hospitais da Faixa de Gaza “devem ser protegidos”. Questionado sobre se tinha expressado preocupações a Israel, Biden respondeu que não se tem inibido de o fazer e sublinhou: “A minha esperança e expectativa é que haja uma ação menos intrusiva em relação a hospitais, e continuamos em contacto com os israelitas”. “Continuo com alguma esperança, mas os hospitais devem ser protegidos”, acrescentou Joe Biden, citado pela AFP.
O que, numa fase inicial, parecia um recado dirigido à cúpula política e militar israelita, no sentido de proteger os hospitais da Faixa de Gaza (interrompendo os ataques contra estas infraestruturas críticas), transformou-se, pouco depois, numa declaração de repúdio contra a utilização, por parte do Hamas, de hospitais como escudos para atividades militares.
Ao início da noite, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca veio clarificar as declarações de Biden, esclarecendo que o Presidente norte-americano se referia ao “fardo extra que as FDI [Forças de Defesa de Israel] enfrentam quando entram em Gaza, porque o Hamas se abriga atrás de infraestruturas civis”. Ou seja, Biden quis dizer que os hospitais da Faixa de Gaza devem ser protegidos, mas do Hamas.
“Dificulta a qualquer força militar perseguir esses alvos [do Hamas] porque o hospital em si tem de ser, como o Presidente disse, protegido. Portanto, ele [Biden] está realmente a falar sobre este dilema incrivelmente difícil que as forças militares israelitas estão a enfrentar neste momento”, disse John Kirby, citado pela CNN internacional.
Pelo menos sete hospitais já foram diretamente afetados pela guerra entre Israel e o Hamas estando os dois principais cercados por forças israelitas. Um dos casos mais críticos é o do hospital Al-Shifa, que suspendeu a atividade no último domingo por falta de combustível para alimentar os geradores (já morreram 35 doentes, incluindo três dos 40 bebés prematuros que estavam em incubadoras) e tem sofrido vários ataques de Israel. Telavive argumenta que o Hamas tem um centro de comando escondido neste hospital.