Um Campeonato do Mundo de râguebi não se ganha sem esforço. É assim em qualquer modalidade, mas nesta, em específico, é preciso deixar literalmente sangue e suor em campo. Os jogadores sul-africanos venceram a final da edição de 2023, que se realizou em França, graças às feridas que muitos jogadores tinham à vista na cara e também às outras, menos visíveis, mas igualmente dolorosas.

A vitória da África do Sul contra a Nova Zelândia (11-12), no Stade de France, foi o culminar de todo um processo que teve como prémio o troféu Webb Ellis. O desaparecimento dessa taça podia significar a perda do que há de material na conquista dos Springboks. Assume-se então que cada troféu tem uma história por trás e este não é exceção.

Vencedores como mais ninguém: África do Sul bate Nova Zelândia e é bicampeã do mundo de râguebi

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Esta segunda-feira, os escritórios da federação de râguebi da África do Sul, na Cidade do Cabo, foram assaltados. As imagens de videovigilância mostram duas pessoas a entrarem no espaço onde se encontravam várias taças. Um dos indivíduos, com luvas calçadas, toca no objeto, mas percebe-se que a razão da dupla estar ali é outra. De seguida, os invasores vasculham os armários e acabam por levar garrafas de whisky, cinco camisolas dos Springboks autografadas e oito computadores.

A BBC contactou a federação sul-africana de râguebi que disse que o troféu visível nas imagens não é aquele que foi conquistado em França, sendo que esse se encontrava dentro de um cofre. As restantes três taças, referentes aos títulos de 1995, 2007 e 2019, estavam guardas em cabines. Depois do incidente, ninguém foi detido.

A África do Sul é a seleção mais titulada, tendo vencido o Mundial em quatro ocasiões. No aeroporto e nas ruas do país, os jogadores forma recebidos em grande euforia depois da vitória contra a Nova Zelândia.