O candidato a secretário-geral do Partido Socialista José Luís Carneiro assumiu este domingo que com o PS o “radicalismo de extrema-direita que procura colocar em causa os valores de Abril” não passará.

“É hora para afirmar que connosco esse radicalismo de extrema-direita que procura colocar em causa os valores de Abril não passará, connosco não passará”, afirmou o socialista num discurso de mais de 25 minutos num encontro de militantes, no Porto.

José Luís Carneiro frisou ser a favor de um PS “cuja força eleitoral é a barreira mais firme contra o avanço das correntes da direita radical” que contestam a democracia. E que, acrescentou, “infelizmente têm vindo também a contaminar as vozes do centro-direita”.

“Sou por um PS capaz de promover o diálogo entre todos os parceiros sociais e capaz de dialogar com todos os partidos democráticos em função do interesse do país e da sociedade portuguesa”, vincou.

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O candidato a secretário-geral ressalvou que é a favor de um PS “autónomo na decisão e vinculado aos seus princípios e valores” e que não prevaleçam dúvidas a esse respeito.

“Sou por um PS que está onde sempre esteve no espaço da esquerda democrática a favor da Europa, da democracia liberal e numa corrente política progressista e moderada que se dirige a toda a sociedade portuguesa”, reforçou.

José Luís Carneiro, que à entrada para o encontro disse não aceitar lições de como combater a direita em resposta às críticas de Pedro Nuno Santos, igualmente na corrida à liderança do PS, a quem acusou de dirigir-lhe ataques “mais do que à direita”, garantiu estar “nas melhores condições” para se colocar ao serviço do PS como secretário-geral e com os valores do PS servir Portugal. “E faço com provas dadas porque sempre honrei a minha palavra”, sublinhou.

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O socialista frisou que em todo o seu percurso de vida cívica e política na autarquia, enquanto presidente da Câmara Municipal de Baião, no distrito do Porto, e no governo, como secretário de Estado e ministro, sempre cumpriu com a sua palavra.

Lembrou também ter sido secretário-geral adjunto do PS, liderando o partido em momentos muito difíceis, nomeadamente no decurso da pandemia de Covid-19.

As eleições diretas para o cargo de secretário-geral estão marcadas para 15 e 16 de dezembro, devendo o congresso decorrer nos dias 5, 6 e 7 de janeiro.