A PSP apresentou segunda-feira o plano de prevenção e visibilidade para a Área Metropolitana de Lisboa, que vai permitir uma maior presença de polícias em locais considerados de risco e a criação de esquadras do cidadão.
O plano foi apresentado na cerimónia que assinalou os 156 anos do Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis) da Polícia de Segurança Pública, mas ainda não existe uma data concreta para o arranque deste novo modelo de policiamento, previsto na Estratégia Integrada de Segurança Urbana (EISU), aprovada recentemente pelo Governo.
“O Cometlis vai brevemente dar início à implementação do plano de prevenção e visibilidade. Um plano para uma área metropolitana segura”, disse o comandante do Cometlis, Fiães Fernandes, frisando que se trata de um “plano aberto, flexível e adaptável em revisão cíclica de forma a garantir a mobilização dos recursos e a utilização das técnicas e táticas policiais mais adequadas à neutralização das causas geradoras do crime e insegurança”.
No final da cerimónia, o ministro da Administração Interna explicou aos jornalistas que o plano de prevenção e visibilidade, que também vai ser desenvolvido no Porto, é uma das 50 medidas previstas na EISU e tem como principal objetivo “garantir maior visibilidade no patrulhamento e no preposicionamento” dos meios policiais.
José Luís Carneiro frisou que este plano “significa mais polícias nas ruas nos locais com ameaças e riscos para a segurança das pessoas”.
O governante não avançou quais os locais onde vão ser colocados mais polícias na Área Metropolitana de Lisboa, referindo que em breve serão anunciados pela PSP.
O plano prevê também a criação das esquadras do cidadão, que vão funcionar como locais de atendimento onde podem ser feitas participações de crimes, como furtos, estando, para já, previsto um projeto-piloto em Lisboa e Amadora.
O ministro sublinhou que estas esquadras vão permitir “libertar meios humanos” para passarem a estar mais próximos das populações.
Fonte da PSP disse à Lusa que em Lisboa a primeira esquadra do cidadão será criada no Rato.
Questionado sobre se este novo plano para a Área Metropolitana de Lisboa inclui o encerramento das atuais esquadras, o ministro respondeu que “não se tem adotado esse modelo e essa linguagem”, pois “é uma linguagem que cria sentimento de insegurança”.
“Aquilo que nós temos dito é que vai ser desenvolvido um modelo de proximidade que passa pela criação das esquadras de cidadão”, sustentou, frisando que “já foram identificadas algumas situações” ou locais, onde as esquadras fixas, “até por razões de segurança num dos casos, pode eventualmente ser reconvertida nesta nova modalidade de esquadra”.
Segundo o ministro, o novo modelo vai ser avaliado com os autarcas e, se “for bom para as populações”, será desenvolvido e replicado em outros locais, nomeadamente na área Metropolitana de Lisboa e também do Porto.
Sobre a data para a concretização do plano, o ministro disse que o objetivo inicial era até final do ano, mas atualmente o país “está confrontado com uma situação política diversa daquela que existia há um mês”.
“É necessário também acautelar que as decisões que são tomadas criam limitações para quem vier a ter responsabilidades nesta área da administração interna no futuro, é por isso que tem que ser uma solução o mais amplamente consciencializada possível para garantir que ela possa ter continuidade e possa enraizar-se como uma boa solução para a vida das comunidades locais”, disse José Luís Carneiro, que é também candidato à liderança do PS nas eleições internas.