A inflação voltou a abrandar em Portugal, pelo terceiro mês consecutivo, para os 1,6% em novembro, face aos 2,1% de outubro, segundo uma estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgada esta quinta-feira. Desde outubro de 2021 que não estava abaixo dos 2%.

“Tendo por base a informação já apurada, a taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) terá diminuído para 1,6% em novembro de 2023, taxa inferior em 0,5 pontos percentuais (p.p.) à observada no mês anterior”, refere o INE. Fica, assim, abaixo da meta (de médio prazo) do BCE, de 2%.

O INE diz que o principal contributo para esta desaceleração é um efeito de base associado ao aumento mensal de preços registado nos produtos alimentares no último mês (0,4%) ter sido inferior ao que se verificou em novembro de 2022 (1,7%).

Já o indicador de inflação subjacente (que exclui produtos alimentares não transformados e energia) terá registado uma variação de 2,9% (foi de 3,5% em outubro). O índice relativo aos produtos energéticos voltou a cair, para -12,4% (-12,0% em outubro) e o índice dos produtos alimentares não transformados terá desacelerado para 3,5% (4% no mês anterior).

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O INE estima uma variação média nos últimos doze meses de 5% (5,7% no mês anterior). Já o índice harmonizado de preços no consumidor (IHPC) português, usada em comparações internacionais, terá registado uma variação homóloga de 2,3% (3,2% no mês precedente).

Estes dados são ainda provisórios, mas o INE costuma confirmá-los mais adiante. Os valores definitivos serão conhecidos a 14 de dezembro.

INE confirma forte abrandamento da inflação em outubro para 2,1%

Inflação na zona euro está nos 2,4%, abaixo das estimativas

A inflação homóloga da zona euro abrandou, em novembro, para os 2,4%, segundo uma estimativa rápida divulgada pelo Eurostat. Economistas consultados pela Reuters apontavam para 2,7%. Em outubro, o valor estava nos 2,9% e há um ano, em novembro de 2022, nos 10,1%.

Já a inflação subjacente terá ficado em novembro nos 3,6% na área do euro, um abrandamento face à de 4,2% de outubro e à de 5% homóloga.