A ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares defendeu, esta quinta-feira, que o Governo “cumpriu sempre, sempre, sempre a lei” no que toca aos negócios do lítio e do hidrogénio, e acusou o Chega de marcar um debate por “urgência eleitoral”.

“O Governo em momento algum, na defesa do interesse público, ultrapassou aquilo que é o estritamente legal. Cumpriu sempre, sempre, sempre a lei”, salientou Ana Catarina Mendes.

A ministra falava no parlamento, durante o debate de urgência requerido pelo Chega sobre o  centro de dados de Sines e os negócios relacionados com o lítio e o hidrogénio verde.

“Aliás, é um desígnio que o Governo sempre teve, e que é firmado naquilo que são os resultados, que é atrair investimento para Portugal, investimento estrangeiro que desenvolva o país e é por isso hoje podemos falar de cerca de 56 mil milhões de investimento estrangeiro que criou 640 mil postos de trabalho”, indicou.

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Ana Catarina Mendes apontou também que “o Governo continua firme na defesa do interesse público e firme no respeito pelas instituições e pela lei, porque de outra forma não podia ser”.

Na sua primeira intervenção, a ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares acusou o Chega de ter agendado este debate na Assembleia da República por ter uma “urgência claramente eleitoral, e não para esclarecimentos”.

A ministra acusou também o líder do partido, André Ventura, de querer “fazer o seu momento de redes sociais” e não “debater estratégias” para o país.

Ana Catarina Mendes defendeu que o debate devia ser político e “não de insinuações” em resposta às acusações de “conluio” e “compadrio” do presidente do Chega.

Na abertura do debate, André Ventura tinha questionado se o Governo poderia assegurar que “os negócios do lítio, do hidrogénio e do ‘data center’ foram feitos em consonância com a lei, cumprindo a lei, a Constituição e as regras da contratação administrativa”.

“Devemos tentar perceber se podemos estar tranquilos enquanto país com os negócios de centenas de milagres de milhões de euros do lítio, do hidrogénio e do ‘data center’, ou se isto vai ser o maior escândalo e o maior polvo de corrupção dos próximos anos”, afirmou.

O presidente do Chega reiterou também que se tiver “votos e deputados para isso” após as eleições legislativas de 10 de março, o partido vai avançar “no primeiro dia da próxima legislatura com uma comissão parlamentar de inquérito” sobre estes negócios.