Nos últimos dias, as redes sociais ressuscitaram um vídeo, dos tempos em que José Mourinho era treinador do Manchester United, no qual o Special One descrevia praticamente o momento atual do clube inglês. O treinador esteve três épocas nos red devils e a melhor classificação que conseguiu na Premier League foi um segundo lugar, num dos trabalhos que ainda hoje o técnico de 60 anos considera ser um dos melhores da carreira, o que não deixa de ser inusitado para alguém com 26 títulos no currículo.
Jose Mourinho is always ahead of the curve ????
Before judging his stint at United, you need to hear this. pic.twitter.com/22V3NcsMVq
— MourinhoXtra™ (@Mourinho_Xtra) November 7, 2023
Entrevistado no podcast de Obi Mikel, antigo jogador que se cruzou com o português no Chelsea, Mourinho explicou a razão para valorizar tanto aquela quase vitória. “Dei tudo e fiz o máximo que podia. Amo o clube e os adeptos. É preciso respeitar a história do Manchester United. Dei tudo o que podia. O segundo lugar que conseguimos ainda é o melhor depois da geração de Alex Ferguson, a Liga Europa ainda é a maior conquista da última década”, referiu.
O Manchester United tem caminhado em cima de brasas. Curiosamente, as declarações de José Mourinho são muito semelhantes às de Cristiano Ronaldo quando criticou a estrutura do clube de Old Trafford antes de rumar à Arábia Saudita e, de certo modo, “ilibam” o atual treinador do clube, Erik ten Hag, que tem concentrado em si grande parte das críticas devido à temporada desastrosa. “Naquele clube ainda há pessoas, não apenas jogadores, que já na minha altura eu pensava: com estas pessoas, nunca vão conseguir ir a lado nenhum”, continuou Mourinho.
Este fim de semana, o Manchester United foi a Liverpool resgatar um empate a zero num jogo em que foi controlado durante a maior parte do tempo. “Não me lembro de uma exibição tão dominante frente ao Manchester United”, comentou o treinador da equipa de Anfield, Jurgen Klopp, no final do encontro. “Só uma equipa tentou ganhar o jogo e infelizmente isso não aconteceu”, lamentou Van Dijk, central do Liverpool.
No entanto, em Itália, ao serviço da Roma, a época também não tem sido perfeita para Mourinho que ainda nesta jornada perdeu com o Bolonha (2-0). Nesse encontro da Serie A, o treinador lançou o médio internacional português, Renato Sanches, ao intervalo e tirou-o do relvado 18 minutos depois. “O Renato Sanches tem cicatrizes emocionais, tem medo devido aos azares que tem tido, e trabalha numa intensidade muito, muito baixa”, explicou o técnico giallorossi. “Lamento tê-lo substituído. Não podia deixar a equipa com um jogador com um ritmo assim tão baixo e frustrado porque não tinha intensidade”.