Nos últimos dias, as redes sociais ressuscitaram um vídeo, dos tempos em que José Mourinho era treinador do Manchester United, no qual o Special One descrevia praticamente o momento atual do clube inglês. O treinador esteve três épocas nos red devils e a melhor classificação que conseguiu na Premier League foi um segundo lugar, num dos trabalhos que ainda hoje o técnico de 60 anos considera ser um dos melhores da carreira, o que não deixa de ser inusitado para alguém com 26 títulos no currículo.

Entrevistado no podcast de Obi Mikel, antigo jogador que se cruzou com o português no Chelsea, Mourinho explicou a razão para valorizar tanto aquela quase vitória. “Dei tudo e fiz o máximo que podia. Amo o clube e os adeptos. É preciso respeitar a história do Manchester United. Dei tudo o que podia. O segundo lugar que conseguimos ainda é o melhor depois da geração de Alex Ferguson, a Liga Europa ainda é a maior conquista da última década”, referiu.

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O Manchester United tem caminhado em cima de brasas. Curiosamente, as declarações de José Mourinho são muito semelhantes às de Cristiano Ronaldo quando criticou a estrutura do clube de Old Trafford antes de rumar à Arábia Saudita e, de certo modo, “ilibam” o atual treinador do clube, Erik ten Hag, que tem concentrado em si grande parte das críticas devido à temporada desastrosa. “Naquele clube ainda há pessoas, não apenas jogadores, que já na minha altura eu pensava: com estas pessoas, nunca vão conseguir ir a lado nenhum”, continuou Mourinho.

Este fim de semana, o Manchester United foi a Liverpool resgatar um empate a zero num jogo em que foi controlado durante a maior parte do tempo. “Não me lembro de uma exibição tão dominante frente ao Manchester United”, comentou o treinador da equipa de Anfield, Jurgen Klopp, no final do encontro. “Só uma equipa tentou ganhar o jogo e infelizmente isso não aconteceu”, lamentou Van Dijk, central do Liverpool.

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No entanto, em Itália, ao serviço da Roma, a época também não tem sido perfeita para Mourinho que ainda nesta jornada perdeu com o Bolonha (2-0). Nesse encontro da Serie A, o treinador lançou o médio internacional português, Renato Sanches, ao intervalo e tirou-o do relvado 18 minutos depois. “O Renato Sanches tem cicatrizes emocionais, tem medo devido aos azares que tem tido, e trabalha numa intensidade muito, muito baixa”, explicou o técnico giallorossi. “Lamento tê-lo substituído. Não podia deixar a equipa com um jogador com um ritmo assim tão baixo e frustrado porque não tinha intensidade”.

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